XII

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Meu estômago se revirava dentro de mim, eu nunca estive em tanto estado de ansiedade como nessas últimas duas semanas

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Meu estômago se revirava dentro de mim, eu nunca estive em tanto estado de ansiedade como nessas últimas duas semanas. Mas não era uma ansiedade de tipo ruim, era aquela que fazia seu coração bater mais rápido e você pedir pra queno tempo faça o mesmo.

Quando saio do aeroporto e o vento frio, quase cortante, açoita meu rosto. Ajeito meu sobretudo preto, antes de viajar eu perguntei a River o quão frio estava e quando as palavras "Pra cacete" saiu da sua boca resolvi colocar meus casacos mais quentes na mala. E agora estando aqui o recebo que ele não exagerou.

River me disse que não poderia vim me pegar no aeroporto porque ele estaria uma entrevista justamente no horário que eu chegaria. Por uma parte eu não gostei, eu estava com saudades e não queria incomodar ninguém. Mas eu também não sabia onde era e nunca tinha ido a Toronto além de passagem. Já minha parte racional até gostou, desse jeito não chamaria tanto atenção.

Aperto meus olhos procurando por Hector, foi o encarregado a me buscar aqui, ele caminha em minha direção e acena pra mim chamando minha atenção. Também vou na sua direção.

- Boa tarde, senhorita. - Diz pegando minha mala quando nos encontramos.

- Boa tarde, Hector. Você pode me chamar só de Dasha mesmo. - Ele sorri concordando.

- River me instruiu a te levar diretamente pra casa dele. - Ele diz como se estivesse checando se eu sabia.

- Sim, nós combinamos. - Confirmo.

O caminho até a cada de River foi silencioso, percebi que Hector não era muito de falar então respeitei isso. Quando chegamos ele pediu para o porteiro liberar minha entrada e me indicou o andar e o número. Pelo que eu percebi era apenas dois apartamentos por andar em um prédio enorme. Chego em frente a porta e hesito um pouco antes de bater na madeira escura da porta.

River não especificou exatamente quem estaria em casa, somente que teria alguém alí, mas então quando a porta se abriu considerei realmente que tinha errado o apartamento. Uma mulher loira de olhos azuis, linda... Muito linda mesmo, me encarava.

- Eu, Hm... - Jesus, se alí fosse mesmo o apartamento de River e ele não tivesse avisado que eu estaria chegando eu iria o matar. A mulher me analisa copiosamente até encontrar minha mala ao meu lado. Seu rosto se enche de compreensão.

- Aí meus Deus. Você é a Dasha? - Ela pergunta e eu consigo ficar mais confusa e aliviada.

- Sou eu, sim.

- Eu devia ter percebido pelos cabelos ruivos. - Ela revira os olhos. - Tom! Vem cá, você acredita que ela existe mesmo?

Ela grita pra alguém dentro de casa, então um homem loiro com os mesmo olhos que River e a mulher ao seu lado aparece. Ele e River eram muito parecidos, a diferença é que ele era um pouco mais velho e não era tão forte. E também não tinha tatuagens. Ele faz o mesmo que sua irmã e me analisa arregalando os olhos.

No ritmo do seu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora