XXIII

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- Infelizmente eu não vou poder

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- Infelizmente eu não vou poder. - Respondo, direcionando um sorriso gentil na direção de Alexis, que acabará de me chamar pra jantar com ela. - Já combinei com minha família, mas obrigada.

Normalmente, essa tinha sido minha desculpa, e para minha família e amigos era "trabalho". Não era nada com eles, é só que nesse último mês eu não estava com muita disposição para sair ou fazer qualquer coisa que não fosse obrigação. Ou por exemplo o trabalho, que era algo que me aliviava. Não tinha espaço pra pensar em outra coisa quando eu estava trabalhando. Então, era ideal.

- Ah, tudo bem. Da próxima então, se não eu te demito. - Diz arrancando uma risada minha.

- Bem, sendo assim, sem falta na próxima. - Me direciono até a saída me despedindo.

Sem nenhuma parada em mente, vou direto para casa, sem preocupar em me apressar.
Logo depois de chegar, tomo meu merecido banho e coloco alguns roupa confortável que encontro na minha bagunça.

Papai estava viajando a negócios então seria apenas eu e Aretha. A um mês quando toda merda estourou, depois que cheguei em casa eu contei que não teríamos mas que nos preocupar com a impressa em cima de nós assim, porque eu tinha terminado tudo. Pensei que tanto como meu pai e ela ficaria aliviados, mas não aconteceu. Primeiro, eles não entenderam o porque que eu fiz, segundo, eles não concordaram com minha decisão.

- Isso afetou vocês dois, não só a mim. Eu não podia continuar. - Me defendi.

Um longo silêncio se seguiu depois disso, e quando eu finalmente achei que eles me daria razão, meu pai se pronunciou.

- Isso são questões nossas, não acho que ele teve culpa.

- Hm, é verdade, eu fui ver a entrevista. Ele não disse nada além que vocês estavam namorando. - Minha irmã concordou conseguindo me deixar sentindo pior.

- Bem, já foi feito, e não vou voltar atrás.

Essas foram minhas palavras de um mês atrás, e nesses trintas dias, eu já quis voltar atrás muitas vezes. Toda maldita noite quando eu me deitava, uma vontade vinda do inferno me consumia até eu pegar o celular e abrir seu contato. A tentação era tanta, mas o orgulho era pior. De umas semanas pra cá eu venho evitado em entrar nas minhas redes sociais, não querendo saber exatamente o que ele estava fazendo. A verdade era que o medo dele já ter superado e seguido em frente era grande, por isso eu não procurava saber. Agradecia também que todos ao meu redor também não tocassem no assunto.

Enquanto lavarmos os pratos depois do jantar, Aretha cantarolava acompanhando a música que tínhamos colocado pra tocar.

- Vou a uma festa hoje, tudo bem? - Soltou de repente sem olhar pra mim, concentrada no talher que estava enxugando. Tínhamos lava louça mas como eram poucas coisas não custava nada.

No ritmo do seu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora