Capitulo Dois - Ninã

8.2K 640 74
                                    

POV 3ª Pessoa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

POV 3ª Pessoa


Uma semana mais tarde

Quando a luz da jaula de vidro acendeu, foi como se o coração de Dominic parasse por um momento. Só para voltar a bater rapidamente ao sinal da pequena forma no centro da jaula.

Ele não se moveu um centímetro do lugar onde ele estava. Paralisado. A única coisa nele que se mexiam eram seus olhos. Que perscrutavam cada pedaço da garota que havia acabado de acordar, ainda desnorteada pela súbita claridade.

Quando Dom viu o vídeo de Catarina no telefone que Cipher tinha entregado para ele em Cuba, parte dele se apegou a esperança da irmã mais nova estar mesmo viva, mas a outra parte ainda permanecia cética, de que talvez tudo aquilo fosse uma mentira bem contada por Cipher.

Por que parecia irreal que sua ninã. Sua pequena ninã estivesse viva nos últimos doze anos.

Mas novamente... Havia Letty. Depois dela ter voltado, Dom aprendeu que tudo era mesmo possível.

E quando os olhos de Catarina, os mesmos olhos castanhos arregalados dos quais ele se lembrava, encontrou os deles, não havia mais nenhuma dúvida.

12 anos haviam se passado, e a criança que ele outrora conheceu deu lugar a uma jovem mulher. Mas se ele olhasse bem no rosto dela, poderia ver cada traço da criança que ele amou com todo o coração.

- Catarina? - Murmurou Toretto.

Ela o encarou por mais ou menos cinco segundos, e quando os grandes olhos castanhos desceram para a cruz que ele sempre carregava no pescoço, a jovem ofegou.

- Nic? -

Quando ainda era um bebê as últimas sílabas do nome do irmão pareciam muito engraçadas. Nina também adorava saber que só ela o chamava assim.

Dom não ouvia aquele nome desde a noite do acidente, quando ele acreditava que ela havia morrido.

Tomado por uma emoção forte, Dom andou a passos largos até a jaula, assim como Catarina, os dedos tentando encontrar um caminho para tocar o outro.

Mas o vidro a prova de balas não permitiu o abraço que os dois irmãos estavam tão desesperados para receber.

- Nic! - a jovem Toretto não conseguiu conter as lagrimas que seguiram o lamento. Os dedos finos tateando o vidro desesperadamente.

Aquilo era real? ela pensou. Tantas vezes tinha imaginado aquele momento, de tantas maneiras diferentes. Mas em nenhuma delas um vidro a prova de balas estava incluso. Estar presa num lugar estranho, sequestrada por pessoas assustadoras, ter visto os pais serem assassinados, e agora ser incapaz de abraçar o irmão que não via há doze anos... Estava sufocando ela, e Catarina não conseguia mais conter a onda de pânico.

The Package | Deckard ShawOnde histórias criam vida. Descubra agora