Capítulo Oito - Routine

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Nina POV

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Nina POV

Um mês depois

Acordei com o sol batendo no meu rosto. O que era estranho já que eu tinha certeza de ter fechado as cortinas automáticas ontem a noite antes de dormir. 

Grunhi irritada quando a ficha caiu.

-DECKARD! - Gritei aborrecida, esperando que ele tivesse ouvido o berro, mesmo sabendo que ele só daria aquele sorriso debochado. 

Eu não era uma pessoa muito matinal, e depois de um mês morando debaixo do mesmo teto ele tinha notado isso muito bem. O ruim é que Deckard Shaw era uma pessoa matinal, metódica e regrada. Ele acordava junto com o sol, fazia exercícios, mergulhava na praia particular da mansão e preparava o próprio café todos os dias sem falta, com aquela irritante pontualidade britânica. 

Até aí tudo bem, cada um tinha suas manias. 

O problema era que ele me queria de pé antes das 7:00 para tomar café junto com ele, e depois estar pronta para os exercícios preparados pelos fisioterapeutas. 

Eu tinha tentado explicar que só conseguia funcionar minimamente bem só depois das 10:00. Deckard fez o que fazia de melhor e me ignorou, dando instruções a Ailee para que me acordasse às 7:00. 

Acontece que estávamos no século 21, e existiam coisas chamadas fechaduras de porta, o que impedia Ailee de vir me perturbar tão cedo pela manhã.

É claro que Shaw podia arrumar outro jeito de acordar. Como por exemplo programando as cortinas para abrirem naquele horário.

Meu quarto ficava de frente para o mar, a varanda gigantesca trazia a brisa do oceano, e o sol batia bem sem dó no cômodo inteiro.

-Senhora Carter? - Ailee chamou do lado de fora do quarto. - O senhor Carter acabou de voltar do mergulho na baía e começou a preparar o café. Ele pediu para a senhora descer em cinco minutos. - 

Grunhi.

Também tinha esse detalhe. Parte do disfarce era que eu era a senhora Carter para as poucas pessoas que nos conhecia aqui na Costa Azul, e estava de férias com meu querido marido afim de me recuperar de um acidente.

Eu me perguntava o que os empregados achavam do fato de que eu não dormir no mesmo cômodo que o meu "marido"... Talvez estivéssemos passando por uma crise? Ou talvez por que estrangeiros fossem estranhos (isso eu tinha ouvido a própria Ailee murmurar em Francês)

Desistindo de ignorar tudo e todos, principalmente o sol, afastei as cobertas e me levantei. 

Eu tinha conseguido me colocar de pé há mais ou menos uma semana, graças a semanas de fisioterapia e exercícios intensivos. Na maioria das vezes fazíamos tudo na sala de ginastica, mas depois começamos a usar as barras de treinamento no jardim da ala leste, de frente para o mar. 

The Package | Deckard ShawOnde histórias criam vida. Descubra agora