FRIENDS' LOVE - SWANQUEEN- FINALIZADA

Capítulo 4

Como prometido estou de volta.
Caso encontrem algum erro, por favor avisem.
Boa leitura ❤️

Emma

Acordei assustada, sem nem saber onde estava, passei meus olhos vagarosamente pelo local e percebi que estava na sala de casa. Uma pontada de dor na minha cabeça, parecia que ia explodir. Fiz uma nota mental, pra nunca mais beber vinho daquele jeito.
—Regina?— disse seu nome num sussurro, será que ela foi embora?— mais é claro né Emma, o que ela ia ficar fazendo aqui com você bêbada?, Respondia minhas próprias perguntas, como se tivesse conversando com outra pessoa, que no caso era a minha mente mesmo.
Resolvi ir pro meu quarto, já que ainda tinha umas duas horas de sono. Antes passei no banheiro e tomei comprimido para dor, não demorei muito pra dormir de novo.
Ponderei por muitos segundos antes de levantar da cama e arrastar meu corpo até o chuveiro, na esperança de que um banho frio aliviasse um pouco da ressaca que eu sentia, depois de me arrumar e preparar o café da manhã do Henry, sai de casa e fui para o meu adorado trabalho, por mais que eu pense em faltar, nunca realmente o faço, só de imaginar o desconto no final do mês, já me dá uma dor no coração. Durante todo o caminho fui pensando na Regina, nossa ele deve achar que eu sou uma cachaceira, que vergonha!!
Consegui chegar com uns 15 minutos de antecedência, então antes de começar o trabalho, fui até um quiosque e peguei um café, e na hora que tirei minha carteira da bolsa pra pagar, deixei cair o cartão que a Regina me deu, não sei de onde e por algum milagre ele apareceu, eu jurava que tinha perdido, do jeito que sou.
Paguei e rapidamente segui para a loja, para vestir o uniforme e enfim começar o meu expediente.
Antes de sair do vestiário, escrevi uma mensagem para a Regina, e depois de ler ela algumas vezes, por fim apertei o botão enviar.
“ Oi Regina, aqui é a Emma, olha me desculpa por ontem, eu não sei o que deu em mim. Espero que essa minha atitude não acabe com a nossa amizade. Até mais.”
Guardei o celular dentro da bolsa e fui trabalhar.
Os sábados na loja costumavam ser sempre movimentados, e assim naquela correria, só consegui sair pra almoçar já passava das 14 horas.
Assim que cheguei a praça de alimentação, desbloqueei meu telefone e fui direto no app de mensagens, no fundo eu esperava apenas por uma, e a sua conversa foi a primeira que eu abri.
“ Não se preocupe Emma, eu adorei a nossa noite e o jantar, me diverti muito. Espero que possamos repetir em breve. Beijos . Ótimo dia.”
Sorri largamente ao ler as palavras de Regina, que por algum motivo me faziam muito bem.

Regina

Mudanças as vezes são necessárias em nossas vidas, não é mesmo? Eu sei que falando isso agora pode ser estranho, e realmente é, até pra mim mesmo acreditar, no quanto eu mudei nesses últimos 4 meses, claro que a presença de Henry e Emma ajudaram muito pra que isso acontecesse, mais eu também passei a me permitir mais, coisas que eu jamais imaginaria fazer, como simplesmente chegar no trabalho da Emma na hora do almoço, sem avisar, na primeira vez eu fiquei com o certo receio, mais depois de ter sido recebida tão bem por ela, eu me permiti fazer isso por mais algumas vezes.
As nossa conversas eram sempre tão leves, mesmo sem ser no sentido amoroso, eu tinha encontrado em Emma a “minha pessoa” , digo isso, por que depois de alguns almoços, descobrimos muitas coisas em comum, o mesmo gosto pelos filmes clichês, o mesmo prato favorito e as músicas também.
Emma já sabia muito sobre mim, e eu também sobre ela, e isso fez com que a nossa amizade se tornasse mais intensa. Eu sentia isso cadê vez mais forte quando ficávamos conversando por mensagens no app, até que uma de nós dormisse, e Emma era sempre a que se entregava primeiro.
Depois de quase 1 mês tentando, finalmente consegui com que Emma aceitasse jantar na minha casa, eu queria ter ela e Henry por perto sempre, mesmo que fosse apenas por algumas horas. Sempre alegrava o meu dia a presença dos dois.

Emma

Chegamos em frente ao condomínio da Regina e,nossa entreda foi liberada de imediato e, confesso que me senti envergonhada de estar com meu Fusca amarelo, sendo que nas garagens só se viam carros caros e importados. Parei na vaga para visitantes e seguimos para a porta de Regina, toquei a campainha e logo ela abriu a porta, o sorriso estonteante de sempre nos lábios acompanhado daquele batom vermelho que tá a sua marca registrada, deu passagem para Henry e eu entrarmos na casa, passei meus olhos pelo local e fiquei impressionada, só a sala devia ser do tamanho do meu apartamento inteiro. E se eu fiquei desse jeito imagina Henry, que depois de cumprimentar a morena e entrar na casa olhando para todos os lados com uma expressão curiosa. Soltou um longo e sonoro “UAU”.
— Nossa Gina, você mora nessa casa sozinha?
— Moro sim querido.— respondeu achando graça da pergunta dele.
— Henry tenha modos. — o repreendi, achei que estava sendo invasivo. Regina sussurrou para mim “ deixa ele”. Ficamos por algum tempo na sala, conversando trivialidades, e logo Regina nos deixou aguardando, não demorando muito tempo nos chamou para jantar.
O jantar foi harmonioso, estar na presença dela era muito confortável, sabe quando você se sente acolhida por uma pessoa, era assim que eu me sentia quando estava ao seu lado.
Depois da sobremesa,  insisti muito para ajudar com a louça, mais depois de um olhar severo de Regina, que negou imediatamente, me dei por vencida e logo estávamos na sala de novo, os dois iniciaram uma partido no vídeo game, e eu nunca vi os olhos do meu menino brilhando tanto como naquele momento, os dois tinham uma conexão que acho que nunca poderia explicar em palavras, era como se eles se conhecessem a vida inteira.
Depois de quase 1 hora, Regina deixou ele jogando e passou a me dar mais atenção. Vi quando ela deixou a sala e logo depois voltou com uma garrafa de vinho e duas taças na mão.
— Toma um vinho comigo. — Repetiu a pergunta que eu havia feito no nosso último jantar.— sorri e logo depois minha expressão mudou, quando me lembrei da intima vez que tomei vinho e da ressaca terrível que senti no dia seguinte.
— Eu adoraria Gina, mais vou dirigir daqui a pouco , não gosto de beber.— Tentei negar da forma mais educada que pude.
— Só uma taça.— insistiu— qualquer coisa eu peço um carro pelo app e depois você vem buscar o seu. — Depois de arrumar solução para os meus empecilhos, eu acabei aceitando. Então ela passou por mim abrindo uma porta lateral na sala, que dava acesso a uma pequena varanda, com vista para o seu jardim.—Vamos ficar aqui, pra não atrapalhar o Henry no jogo, e podemos conversar coisas mais adultas também.— Sorriu— E eu sempre me perdia naquele sorriso.
A cada minuto de conversa eu conhecia um pedacinho daquela mulher que me fazia tão bem, mesmo sem entender, só que em determinado momento, a minha curiosidade falou mais alto.
—Regina, posso te fazer um pergunta?— ela assentiu, balançando a cabeça— você não se sente sozinha morando nessa casa enorme?— Sua expressão tornou-se triste.
— Sim, um pouco, eu tinha pensado nisso alguns dias atrás, talvez eu mude para um lugar menor, é que eu gosto tanto dessa casa.
—E porque você não chama o seu namorado para morar aqui com você. Sorri vendo sua expressão mudar, e me lembrei que até o momento nunca tínhamos falado sobre esse assunto.
— Namorado? Eu não tenho namorado.— sorriu sem graça.
— Oh me desculpa, eu só pensei que...— acabei desistindo do comentário.
—Pensou que?— encorajou-me a continuar.
— E que você é uma pessoa tão legal e bonita, quase impossível não ter um namorado.
— Olha Emma, na realidade eu sou uma pessoa complicada sabe? Eu tenho certa dificuldade em fazer novos amigos, imagina um namorado. Você e o Henry são exceções na minha vida. Um sorriso involuntário ganhou meus lábios.
— Me sinto muito lisonjeada senhorita Mills.
— Como já te disse antes, Henry e uma criança muito especial, tenho tanto carinho por ele. Depois do dia que nós conhecemos naquela praça, parece que a minha vida voltou a ter significado sabe?— concordei com uma maneio de cabeça. — Eu passei a olhar as pessoas de outra forma, tenho tentado me relacionar de forma mais amigável com as que estão a minha volta.
— Sabe que no início eu tentei proibi-lo de ver você. Mas fico feliz que ele tenha sido teimoso.
— Eu entendo Emma, um adulto tendo amizade com uma criança.
— Bom mais agora você não é mais estranha. —Peguei sua mão e entrelacei nossos dedos, claro que o álcool estava sendo responsável por essa atitude, mais diferente da outra vez eu não me sentia bêbada, sonolenta ou qualquer coisa, digamos que eu estava apenas um pouco extrovertida.— Sabe que eu gostei de você, antes mesmo de te conhecer pessoalmente, Henry me contava todos dias sobre os encontros de vocês, cheguei até a sentir ciúme, pois ele dizia a Gina é bonita, é cheirosa, ela é tão legal...e vejo que ele não exagerou em absolutamente nada.
Continuamos a conversar , e o que estava previsto para ser apenas uma taça de vinho já tinha virado uma garrafa, perdemos a noção da hora, já passava da meia noite, voltamos para sala, onde Henry dormia abraçado ao controle do vídeo game.
— Regina nós precisamos ir.
— Não Emma, dorme aqui.
— Aqui?— perguntei surpresa.
— O Henry já está dormindo mesmo.— Deu de ombros.
— Não quero te atrapalhar Regina.— Sua expressão tornou-se decepcionada, e em seguida uma de cachorro pidão.
— Por favor.
—Tabom, nós ficamos.— Não consegui resistir aquele biquinho. E ela sorriu largamente, em seguida pegou Henry no colo e fez um sinal para que eu a acompanhasse.
Assim que chegamos no andar de cima, ela abriu a porta de um dos quartos e colocou meu garoto na cama.
— Você está com sono?— Neguei. — então vamos conversar mais um pouco.— me puxou para fora do quarto que estava e abriu a porta aí lado, entramos num quarto muito maior, e logo deduzi que era o dela. Caminhou até o uma porta a esquerda, já estava até meio perdida, quando vi ela sair de lá com dois pijamas na mão, vermelho para mim e preto pra ela. De repente ela começa a tirar a roupa ficando somente de lingerie, aquilo só podia ser efeito do vinho, pensei comigo. Virou-se de costas e a vi abrir o feicho do sutiã e vestir a blusa e depois a calça, onde fiquei mais hipnotizada ainda, que bunda linda. O corpo era perfeito. Corri quando ela me olhou. Porém acho que não reparou.
— Eu vou buscar nosso vinho e já volto.— Saiu do quarto e eu fiquei com cara de “ué” tentando processar o que acabou de acontecer.

E aí, gostaram?

Até o próximo capítulo 😘😘