Cap.62

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Ana

algumas semanas atrás...

acabei de voltar do hospital e minha filha já tá melhor graças a deus.

agora eu vou acabar de uma vez por todas com essa vagabunda que nunca mais vai tomar em um fio de cabelo da minha família.

os vapores levaram ela direto pra salinha e deixaram sem comida, só a base de água.

peguei meu kit e facas e ia saíndo da boca e o menor me chamou.

Menor: tá indo pra salinha?_ assenti_ quer que eu vou com você?

Ana: Deixa isso comigo_ falei dando beijo nele

menor: então tá, qualquer coisa me chama_ dei um selinho nele e fui até a minha moto e fui pro alto do morro, aonde fica a salinha.

cumprimentei os vapores da contenção e entrei.

lá estava ela amarrada na cadeira e assim que me viu deu risada.

Ana: estou feliz em te vê também

Brenda: para com o teatro, me mata logo

Ana: pra que pressa? você me atormentou durante anos, acredito que não vai se importar com mais alguns minutinhos_ peguei uma faca e fui caminhando até ela

Brenda: seu teatro me comove

Ana: Só me responde porque? porque tudo isso? eu nunca fiz nada pra você, você chegou naquela escola e não tinha ninguém, eu fui a primeira a te estender a mão

Brenda: você sempre quis ser o centro das atenções, sempre a perfeita

Ana: E só por causa disso você me atormentou a vida inteira? por inveja infantil?

Brenda: eu sempre fui mais inteligente que você, sempre fui mais agiu que você

Ana: e olha aonde veio parar? não parece tão inteligente ela assim_ enfiei a faca na perna dela que gritou

Brenda: você que sempre me perseguiu garota

Ana: eu nunca movi um dedo pra ir atrás de você

Brenda: Eu gostava do Pedro e você foi lá e namorou ele, eu gostava do Marcos e lá tava ele sempre no seu pé, eu gostava do menor e olha só aonde ele tá agora

Ana: A claro_ peguei o álcool e comecei a jogar no corpo dela

Brenda: Você é tão idiota! Você achou mesmo que depôs de tudo o que você me fez passar eu simplesmente iria virar as coisas e seguir a minha vida_ falou rindo e minha paciência foi esgotando, peguei mais duas facas e rasguei a perna dela_ Incrível que com uma ligação eu acabei com a vida e você nunca descobriu

Ana: olha só quem tá fazendo a porra de um teatro agora?

Brenda: Pensa Ana, pensa, eu sei que você consegue_ enfiei uma faca no braço dela e enquanto gritava eu pensei no meu pai, não não ela não fez isso.

Ana: FALA CARALHO.

Brenda: Você já sabe, pra que vou gastar minha saliva?

Ana: Abre a porra da boca se não eu vou atrás dos seus avós_ ela arregalou os olhos_ achou mesmo que eu não sabia?

Brenda: Você não seria capaz

Ana: quando se trata da minha família eu sou capaz de tudo

Brenda: Foi simples até demais, apenas uma ligação pro delegado e ele conseguiu matar o seu pai_ falou pausadamente e meu sangue subiu e comecei uma sequência de socos na cara dela.

Fiquei uns cinco minutos descontando minha raiva, ela ainda tava acordada.

arrastamos ela pra fora do quartinho.

eu tinha uma uma movimentação de vapores e alguns moradores curiosos.

peguei um facão e rasguei as pernas dela.

Ana: Liga o forno_ mandei e os menor foi e eu olhei bem pra cara dela.

Brenda: Só me mata de uma vez

Ana: tu vai morrer sabendo que ninguém te ama nesse caralho, tu atormentou a minha vida e olha só no que deu

Brenda: vai se fuder_ arrastei ela até o forno e joguei fazendo a porta e vendo ela implorar.

pedindo perdão e os caralho a quatro.

sai dali voada e fui até o mirante.

Ana: Desculpa pai_ falei chorando olhando pro céu_ você se foi e a culpa foi minha

Ana: Me perdoa_ senti um arrepio no meu corpo e a vontade de chorar não parava.

Ana: Me perdoa pai_ falei e logo senti alguém me abraçando_ amor foi a Brenda que matou meu pai

Menor: Minha nega isso já não importa mais

Ana: Foi culpa minha, ele morreu e a culpa foi minha

Menor: Ei_ me sacudiu_ a culpa é daquela vagabunda, ela matou seu pai

Ana: amor_ chorei mais ainda e ele me abraçou forte e aos poucos aquele sentimento ruim foi passando e eu me senti protegida.

esse era o porto seguro, não tem lugar melhor no mundo, esse é meu lar.

claro que tivemos nossos momentos ruim, e foram muito ruins, mas já passou...

Menor: promete pra mim que nunca mais vai repetir isso? você nunca vai ter culpa disso, tá me ouvindo?

Ana: prometo_ nós sentamos e ficamos admirando o por do sol, naquela vista que é única.

Menor: Eu te amo dona Ana Oliveira Rodrigues

Ana: Eu te amo mais senhor Guilherme Rodrigues Oliveira_ ficamos mais um pouco ali e concordamos em não contar isso as meninas, elas não merecem mais sofrimento.

Elas merecem ser felizes, assim como todos nós.

Tem coisas que precisamos deixar no passado!

superar as dores e obstáculos é só mais uma virtude que se aprende com a maturidade.

meu pai me ensinou isso, e creio que ele está orgulhoso de sua filha e ainda mais de suas netas!

eu te amo pai!

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