𝑷𝑨𝑪𝑰𝑭𝑰𝑪 𝑩𝑳𝑼𝑬 𝑬𝒀𝑬𝑺 | MINHO

▪︎ THE ONE ▪︎

Tudo havia mudado. Não estavamos mais dentro dos muros, nem tentando sair de um deserto ou fugindo de velhos loucos que queriam algo no nosso sangue... Nós não tinhamos mais que correr para sobreviver.

Eu não tinha mais que correr todos os dias atrás de alguma esperança para mim ou para meus "companheiros de cativeiro", mas mesmo assim eu acordava antes do nascer do sol e o fazia todos os dias.

Newt tentou me confortar dizendo que seria por "força do hábito" já que por três longos anos de minha vida, a primeira e a última coisa em que eu pensava era "correr".

Eu tenho outro palpite.

Medo.

É claro que era aliviante, não ter que se preocupar com muita coisa além de ajudar nas tarefas da "aldeia", como Caçarola carinhosamente apelidou nosso pequeno povoado.

Mas eu os via... Newt com sua irmã recém descoberta (ou recém relembrada), Sonya. Eles são muito parecidos, é interessante ve-los rindo juntos. Newt me conta o quanto a ama mesmo ainda tentando lembrar de sua infância e família.

Thomas e Teresa ainda estão tentando entender o "lance" deles, (que eu particularmente não sei se apoio tanto assim, pode me chamar de rancoroso, mas eu realmente não vou esquecer tão rápido oque a mértila fez contra nós.)

Caçarola sempre parece feliz, ele não demonstra o contrário. Recentemente ele acabou fazendo amizade com alguns dos cozinheiros da "aldeia" e agora passa a tarde toda conversando sobre ervas (os temperos!!) com os novos amigos.

Gally e Brenda é um caso meio...esquisito?!?! Aparentemente eles tem algumas coisas em comum (inclusive o amor encubado pelo Thomas), e agora passam o dia todo treinando juntos ou coisa do tipo, acho que são bons amigos.

E tem eu... Que ainda não consegui me encontrar nessa vida nova. E cada vez mais isso me assusta, ja que todos parecem achar seu novo caminho.

Eu não quero ser o corredor que ficou para trás por não conseguir superar o passado ou algo do tipo.