💸 Yasmim 💸
1 mês depois...
Ya: Me solta caralho! - Gritei assim que senti braços fortes me rodeando. - Eu tô grávida, não morta!
Ret: Abaixa a bola - Falou baixo no meu ouvido.
Sim, eu tinha acabado de sair de uma briga com uma das amantes do meu ex marido e não me arrependo de nenhuma pedrada que dei na cabeça daquela estúpida.
Dei mais de cinco e com muito, muito gosto.
Ela deveria agradecer ao Gean por ainda estar viva.
Ya: Me solta, cacete! Eu tenho pernas, sei andar e sei o caminho de casa - Passei pelo portão escutando ele bufar atrás de mim.
Fui pra cozinha sentindo celular apitar. Era uma ligação da Thaynara.
📱 Ligação on
Ya: Oi! Tá tudo bem?
Thay: Calma - Riu. - Tô bem sim... liguei pra saber se você tá bem. Tô no trabalho por isso não consegui chegar a tempo pra te ajudar a amassar a vadia...
Ya: Que nada amiga, cuidei dela sozinha - Rimos. - Ela falou da minha mãe - Thay ficou em silêncio. - Ela podia falar de qualquer pessoa do mundo menos da minha mãe.
Thay: Tá tudo bem - Me confortou. - Sei que ela mereceu... amiga eu tenho que ir. A mocréia da minha intendente tá mandando eu voltar pro trabalho... assim que chegar vou direto pra sua casa.
Ya: Tô esperando... te amo.
Thay: Te amo vaca!
📱 Ligação off
Vomitei o pouco de comida que tinha digerido pela manhã e pus a mão na barriga sentindo algumas contrações. As dores tinham passado e por isso não me importei.
Ret: Qual foi do caô? - Nem olhei pra ele continuei mexendo a panela do brigadeiro. - Não adianta me ignorar que nós mora na mesma casa, Yasmim.
Ya: Por pouco tempo - Murmurei.
Ret: Fala pra fora pô - Desliguei forno e fui pra perto da pia, despejando o chocolate no prato. - Mania feia de querer ficar resmungando as parada.
Ya: Vai se foder! Por que não vai cuidar da sua putinha?
Ret: Tu não deixa nem eu chegar perto de tu pô - Mandei dedo indo pra cozinha mas parando no meio do caminho sentindo as dores de antes virem com mais força e algo escorrendo pelas minhas pernas. - Mijando sangue no meu piso branco, Yasmim? Tu vai limpar essa porra!
Ya: Gean - Sussurrei me apoiando no balcão. Ele ficou na minha frente me olhando preocupado. - O bebê.
Ret: Ué, já vai nascer? Tem nem nove meses ainda - Coçou a cabeça. Eu dei um grito de dor e ele arregalou os olhos me pegando no colo indo em direção a garagem.
Parecia que o bebê tava se contorcendo dentro da minha barriga e eu não tava aguentando. Aquela dor não era nenhum pouco suportável.
Gean começou a xingar o pessoal do postinho e eu só sabia chorar, chorar e chorar.
As primeiras semanas de gravidez foram difíceis. Tentei abortar de qualquer jeito, mas Gean sempre chegava na hora me xingando de tudo quanto é nome.
Eu não tava preparada pra ser mãe e não tava preparada pra dizer pro meu filho quê o pai dele era o avô. A ideia de abortar tava sempre na mente e eu nunca a descartei.
Ironicamente o filho que eu tanto insisti em tirar, já havia sido tirado de mim sem eu ao menos concordar.
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BANDIDAGEM
Teen Fiction➝ Rio de Janeiro, Manguinhos 📍 || Quem nasce guerreiro não morre covarde, sou filho do amor, herdeiro da maldade. iniciada em: 24/05/2020 concluída em: 16/06/2020