capítulo 23

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💸 Yasmim 💸

Thaynara tinha saído pro trabalho e eu tinha ido pra casa dela ficar com Rute. A mesma completava oito meses daqui duas semanas e o nervosismo não tava só com ela.

Rute: Yas? - Chamou. Eu estava na cozinha preparando o almoço. - Por aqui vende uma daquelas pastas de dente infantis com gosto e Jaca?

Ya: A pasta eu não sei mas a Jaca tem na Dona Maria - Andei até ela que tava sentada no sofá comendo manga verde e sal. - Você pode comer isso?

Rute: Eu tenho que comer oque eu quiser... não me olha assim. Meu filho não pode nascer com cara de queijo, feijoada ou... tem carvão aqui?

Ya: Oque? Não, não não. Você não vai comer carvão - Ela fez careta.

Rute: Mas acabou de me dar vontade, poxa. Você não quer que seu afilhado nasça com cara de carvão, quer?

Ya: Você é nojenta - Ela sorriu batendo palmas e eu falei com um dos meninos pra ir comprar as coisas que ela queria. - Como foi a consulta ontem? Esqueci de perguntar.

Rute: Foi normal - Deu de ombros. - Ela fez um monte de pergunta sobre o bebê, mandou eu tomar remédios, mandou eu me cuidar, comer coisas saudáveis e depois vim embora.

Ya: E você tá comendo coisas saudáveis, Rute?

Rute: Pfff - Riu. - Claro que não. Ela não manda em mim e eu não gosto de brócolis. Quem come brócolis?... Tô só tomando as vitaminas que ela mandou.

Ya: Contraditório não acha? - Ela revirou os olhos. - O bebê tá bem?

Rute: Graças a Deus sim - Sorriu. - Tô doida pra ver o rostinho dele, tocar, beijar... mas tô preocupada com a minha vagina.

Ya: Quem fala vagina e por que tá preocupada com isso?

Rute: Meu Deus, minha buceta vai ficar mais larga do que a minha cara e tu acha que eu não vou ficar preocupada? - Ri. - Como eu vou foder depois?

Ya: Fodendo né gata - Riu. - Acho que eles custuram depois.

Rute: Não quero que custurem minha buceta!

Ya: Você não tem que querer nada aqui, lindinha - Joguei o pano de prato na cara dela e corri pra cozinha.

Rute: Cadê meu carvão? - Gritou. Bateram na porta e ela foi correndo atender.

Binho: Tem rango ai? - Olhei assustada na direção dele que tava com algumas sacolas na mão. - Quem é a barriguda?

Ya: Meu Deus. Por que deixou ele entrar?

Rute: Ele tava com o meu carvão na mão... como que eu não ia deixar ele entrar? - Balancei a cabeça vendo ela vasculhar as sacolas, abrir o pacote de carvão, pegar uma pedra e a pasta e sair toda sorridente pro quintal.

Binho: Ela não vai comer aquil... deixa pra lá.

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