💸 Yasmim 💸
5 meses depois...
Bastante tempo tinha se passado e muita coisa tinha mudado.
Rute e Falcão tinham morrido e ninguém tinha se conformado com a ideia de não ter Rute por perto. Binho principalmente. A mãe dele faleceu algumas semanas depois de Rute e aquilo foi o gatilho pra ele desmoronar por completo. Tem quatro meses que ele saiu em missão e pelo oque Gean me disse, Breno não vai voltar tão cedo.
Thaynara tá traumatizada com tudo e vive se martirizando, dizendo que ela tinha que ter ido ajudar, mas sabemos que ela não tinha como ajudar, afinal, oque tinha que acontecer aconteceu e ninguém pode mudar isso.
Depois que acordei em um hospital fiquei desesperada pra saber da minha família. Fiquei dois dias internada e assim que saí fui procurar informações deles.
Gean tinha levado dois tiros; um nas costas e outro no braço. A cirurgia foi bem sucedida mas ele acabou ficando de cadeiras de rodas. Os médicos disseram que não tinham como saber se ele ia voltar a andar ou não mas eu tinha esperança e fé de que tudo ia voltar ao normal.
Ya: Você tem que se esforçar se quiser voltar a andar, amor.
Ret: Para com essa porra, Yasmim. O médico sabe, você sabe, eu sei que não vou voltar a andar - Gritou puto. - Para de ficar com essa porra de "pensamentos positivos"... Eu não vou voltar a andar, caralho!
Fiz bico segurando o choro e corri pro quarto dos meninos assim que escutei Samuel chorar.
José e Samuel estão morando com a gente a um bom tempo e confesso que cuidar de duas crianças mais o Gean sozinha não tá sendo fácil.
José: Tá tudo bem, mãe? - Sorri assentindo e abracei ele de lado. Eu ficava toda boba quando ele me chamava assim e adorava demais. - Por que a senhora tá chorando então?
Ya: Tá tudo bem meu amor, não é nada - Ele assentiu e ficou brincando com Samuel enquanto eu dava a mamadeira.
José: Eu já comprei o bolo - O olhei sem entender e ele sorriu. - Samuel faz cinco meses hoje, esqueceu? - Fiz careta olhando pro bebê nos meus braços e beijei ele.
Ya: Eu sou uma péssima mãe não é filho?
José: Não - Olhei pra ele. - Você é uma ótima mãe. Só tá com muita coisa nas costas e eu já conversei com o Samuel e ele disse que não tá com raiva de você... tá tudo bem mãe, a gente te entende.
Samuel gargalhou e eu sorri puxando José pro meu colo. Chorei baixinho, enchendo os dois de beijos e abraços até dormirem. Os ajeitei na cama e tomei um banho no banheiro deles, saindo com a mesma roupa.
Gean dormia no quarto e eu fui pra cozinha fazer comida. Não só a comida, fui arrumar a casa. Eu não podia ficar sem fazer nada, minha mente sempre me lembrava daquele maldito dia e era difícil esquecer.
Depois de terminar tudo, fui pra laje e encontrei JP sentado num canto fumando. Peguei uma cadeira e sentei do lado dele.
Ya: Como ela tá?
JP: Na mesma - Ele me ofereceu o baseado e eu peguei tragando e soltando a fumaça. - E ele?
Ya: Na mesma - Dei de ombros.
JP: Você tá bem? - Assenti mesmo não sendo verdade. Tentei segurar o choro mas em vão. Desabei. Chorei feito criança, me lamentando por não ter forças pra aguentar tudo aquilo. - Você é forte, garota... pode não parecer mas é.
Ya: Eu não aguento, João.
JP: Deus sabe da força que tu tem Yasmim - Olhei ele. - Ele só da problemas que sabe que você pode resolver... tudo vai se consertar, só da tempo ao tempo.
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BANDIDAGEM
Teen Fiction➝ Rio de Janeiro, Manguinhos 📍 || Quem nasce guerreiro não morre covarde, sou filho do amor, herdeiro da maldade. iniciada em: 24/05/2020 concluída em: 16/06/2020