🌺 Thaynara 🌺
Mesmo com meu psicológico fodidamente fodido, me prontifiquei em ajudar minha melhor e única amiga.
Todos tem seu momento nas trevas e no meu Yasmim foi a única que me ajudou, me deu forças e fez minha vontade de viver voltar mais intensa que antes.
Passou bastante tempo, mas não o suficiente pra que eu esquecesse tudo que passei nas mãos do escroto do VK. Aquele homem era pura ruindade e tudo que eu queria era que encontrassem ele logo.
Fui estuprada por mais de três homens ao mesmo tempo e logo após eles saírem VK entrou naquela maldita casa me machucando da maneira que eu jamais pensei em ser machucada.
Sexo pra mim não era mais agradável e eu não sentia mais prazer em nada.
Yasmim dormia calmamente na cama e eu já tinha pegado minhas coisas pra ir embora quando Ret me chamou pra conversar.
Thay: Tem como falar rápido? Nove e meia tenho curso - Ele assentiu apagando o cigarro no cinsero.
Ret: Tu acha que ela precisa de uma ajuda profissional?
Thay: Você acha que ela precise de uma ajuda profissional? - Ele bufou.
Ret: Pô Thaynara. Se eu soubesse não tava te perguntando né - Sorri de lado assentindo. - Tá foda ver ela nessa situação tá ligada? Quero ela sorrindo pros quatro canto de novo pô.
Thay: Pois é... eu também - Ficamos em silêncio. Cada um com seus problemas internos e pensamentos. - Espera mais uns dias. Se até lá ela não melhorar nós fazemos alguma coisa.
Ret: Beleza - Me levantei. - Quer que eu te leve em casa?
Thay: Não, valeu. Vou andando mesmo... tenho que clarear as ideias - Ele assentiu e beijou minha cabeça antes de fechar a porta.
Assim que cheguei em casa tomei um banho de gato e sai sem comer nada indo direto pro curso.
•••
Me despedi da professora e fui saindo da sala. Algumas das meninas cochichavam entre elas, apontando pra alguém no portão mas eu nem queria saber quem era a pessoa.
Comprei uma coxinha com o tio da barraquinha e fui me saindo dali, fazendo uma lista mental de tudo que eu tinha que fazer quando chegasse em casa.
- Não sou chegada em branquinhos mas nossa... naquele ali eu sentava e com força - Revirei os olhos passando pelo grupinho de meninas, comendo minha coxinha e dando atenção somente a ela.
Ainda escutava os suspiros e as falas indecentes delas, do que fariam com o menino ou como sentavam com força... coisas desse tipo.
Tinha um carro estacionado a minha frente mas eu nem olhei, só virei e fui andando até uma mão me puxar e minha coxinha sair rolando até o buraco exposto na rua.
Thay: Caralho! - Gritei. - Cacete, cacete, cacete, caceteee! Meus quatro reais foram literalmente pra vala - Passei a mão na testa, olhos fechados e coração apertado por ter perdido aquela belezura. Olhei pro cara que ria do meu escândalo e bati nele com uma das minhas bolsas. - Vai se foder!
Jp: Eu acabei de te salvar e você tá mandando eu ir me foder? - Perguntou ofendido.
Thay: Surdo eu sei que você não é JP - Ele desfez o sorriso e eu dei as costas mas ele me segurou de novo. - Caralho! Oque tu quer?
JP: Vim te levar pra casa - Falou calmo. - A gente passa na padaria que tu gosta e tu compra outra coxinha beleza?
Aquela pontinha de ciúmes que eu achava não sentir por ele começou a despertar no peito ao ver o tanto de olhos em cima dele.
Thay: Duas coxinhas - Exigi indo pro carro.
JP: Duas coxinhas.
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BANDIDAGEM
Roman pour Adolescents➝ Rio de Janeiro, Manguinhos 📍 || Quem nasce guerreiro não morre covarde, sou filho do amor, herdeiro da maldade. iniciada em: 24/05/2020 concluída em: 16/06/2020