➝ Rio de Janeiro, Manguinhos 📍 || Quem nasce guerreiro não morre covarde, sou filho do amor, herdeiro da maldade.
iniciada em: 24/05/2020
concluída em: 16/06/2020
Binho: Cuidado! Cê pode cair no buraco que tá fazendo no chão - Parei de andar de um lado pro outro e fiz careta olhando pra ele.
Ya: Vai tomar no... Gean! - Corri até ele. - Oque aconteceu? Por que tá machucado desse jeito?
Ret: Não é nada - Gean fez sinal pro Breno que saiu depois de fazer um toque com ele e puxar meu cabelo. - Pega as parada pra limpar essa porra no meu rosto fazendo o favor.
Corri até o nosso quarto e peguei a caixa de primeiros socorros. Fui na cozinha e peguei um copo de água, indo pra sala.
Ya: Oque aconteceu? - Já tinha tirado os remédios dali e começado a limpar os ferimentos. Gean fez careta assim que passei o algodão nos machucados.
Ret: Nada, pô. Tá tudo sobre controle.
No processo ele não falou mais nada e eu fiquei calada. Assim que terminei, guardei tudo e subi pra tomar banho. Saí enrolada na toalha e vesti uma camisa do Gean sentando na cama com o celular nas mãos.
📱 Ligação on
Thay: Ya? Pode vir aqui em casa me ajudar com uma coisa?
Ya: Claro! Chego em dez!
Thay: Vou deixar o portão aberto... e vem sozinha!
Ya: Tá bem.
📱 Ligação off
Só vesti um short jeans e saí do quarto. Gean não tava mais na sala, então só tranquei a casa e fui direto pra Thay.
O portão estava aberto como ela tinha dito que estaria e eu entrei o trancando com a chave que estava ali.
Thay: Graças a Deus! Ainda bem que você chegou. Eu não sabia pra quem ligar.
Ya: Você tá bem? Aconteceu alguma coisa? Sua voz tava diferente no telefone - Ela me puxou até o quarto, onde uma menina de mais ou menos quinze anos estava deitada dormindo. Desviei meus olhos do rosto dela, pois oque chamou minha atenção foi a barriga enorme que ela tinha. - Quem é ela?
Thay: Eu não sei - Falou nervosa me puxando pra fora do quarto. - Fui comprar uma pizza no asfalto e encontrei ela em um dos becos na entrada do morro... não consegui deixar ela lá amiga.
Ya: Você fez o certo, mas será que os pais dela não estão procurando ela?
Thay: Com certeza não. A única coisa que ela me disse além do nome foi que... dizer não, ela ficou falando umas paradas sem sentindo até chegarmos aqui.
Ya: E?
Thay: Ah. Ela se chama Rute. Ela ficou o caminho todo assim: "Ele não pode saber que fugi, não pode, não pode" - Imitou ela. - Acho que ela fugiu de algum sequestrador, do pai, mãe, sei lá.
Ya: De quantos meses você acha que ela tá? - Thay me olhou com careta e eu ignorei abrindo um pouco a porta.
Thay: Não sei - Suspirou. - Pelo tamanho da barriga eu chutaria uns sete ou oito - Fiquei ali, olhando a desconhecida que tinha um ser humano crescendo na barriga e por mais difícil que tenha sido tentei não sentir inveja. Naquele momento eu queria ser ela. - O que a gente faz, Ya?
Ya: Não é óbvio? - Sorri pra ela. - A gente cuida dela.
•••
Rute, 16 anos
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