💸 Yasmim 💸
2 semana depois...
Rute: Para de me olhar assim, Yasmim - Resmungou. - Por que saber quem é o pai tá sendo o principal pra vocês?
Thay: Principal pra ela - Apontou pra mim. - Única coisa que quero saber é se vou ser madrinha do Samuel.
Ya: Você? Madrinha? - Ri. - Nós duas sabemos que a madrinha vai ser eu.
Thay: Amada?
Rute: Não comecem com a briga de novo, por favor - Falou entediada. - Já falei que as duas são madrinhas barra tias... deixem eu me irritar com a Marsha em silêncio?
Thay: Você não pode se irritar, tem que ficar calma - Rute rolou os olhos e eu ri indo sentar do lado delas.
Ya: E eu marquei a consulta pra amanhã de manhã - Elas me olharam. - As oito.
Rute: Por que tão cedo? Eu só acordo depois das onze.
Thay: Você vai acordar às oito nem que eu tenha que te dar banho de água fria na cama - Rute arregalou os olhos e nós duas rimos.
Essas duas semanas passaram voando.
Parece que Thaynara, Rute e eu nos conhecemos a anos
Além de nos contar o nome dela, soubemos que Rute morava no asfalto, que tem dezesseis anos, é filha única e que foi expulsa de casa depois que falou para os pais que estava grávida.
Perguntamos com quem ela tinha ficado pelos sete meses e quem era o pai, mas parecia que esse assunto era um tanto difícil pra ela. Então deixamos de lado.
Ninguém além de mim sabia que Rute estava aqui e que estava morando com Thaynara. Rute achou melhor assim e por mim vai continuar até ela passar pela porta.
Thay: Vou fazer pipoca!
Rute: Quer ajuda?
Thay: Pra você ficar comendo sal? Não, obrigada.
Rute: Eu já falei que era desejo.
Ya: Desejo de sal?
Rute: Desde quando desejo de grávida é normal? - Fez careta. Ri me aconchegando no estofado e comecei a fazer carinho na barriga dela, que relaxou. Ficamos em silêncio assistindo ao desenho e de vez em quando ela xingava a menininha. - Você tem filhos?
Ya: Não - Respondi sem olhar ela. - Mas quero ter.
Rute: Por que não tem um? Seu marido não quer?
Ya: Na verdade ele quer sim - Sorri. - É que eu não posso.
Rute: Por que não adota? - Tirei minha mão da barriga dela e me sentei de lado, encarando a televisão. - Adotar é uma ótima opção.
Ya: Adotar não é uma opção.
Rute: Por que?
Ya: Porque eu não quero - O tom tinha saído alto e rude e eu tinha me arrependido de ter falado daquele jeito. Soltei o ar massageando a testa e fechei meus olhos. - Desculpa.
Rute: Tudo bem - Deu de ombros. - Não vou falar que te entendo, porque eu não te entendo. Não sei oque teve de passar, mas saiba que você tem que superar. Não esquecer, mas superar... coisas ruins acontecem com pessoas boas o tempo todo. Pode não ser nada fácil mas é bom saber que você está viva e que foi forte pra superar tudo... - Olhei pra ela que sorria. - Ter um filho do mesmo sangue que o seu pode ser a coisa mais maravilhosa do mundo, mas já pensou no tamanho da diferença que você vai fazer ao adotar uma criança? Ya, filhos são dádivas, não importa de onde vem ou de quem vem.
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BANDIDAGEM
Teen Fiction➝ Rio de Janeiro, Manguinhos 📍 || Quem nasce guerreiro não morre covarde, sou filho do amor, herdeiro da maldade. iniciada em: 24/05/2020 concluída em: 16/06/2020