💸 Yasmim 💸
Ret: Porra! Tô falando que tu não pode sair, caralho! Me escuta, garota!
Ya: Para de graça, Gean - Peguei meu celular. - Vou na praça em frente à nossa casa tomar açaí com as meninas.
Ret: Meninas? Que meninas?
Ya: Eu te chamei pra ir e oque foi que você disse? - Virei de costas e vi o mesmo de braços cruzados.
Ret: Sem tempo pra fofoca - Ele revirou os olhos e eu sorri fraco descendo pro primeiro andar da casa. - Eu tenho que trabalhar... tu só sai daqui se o Binho for contigo.
Ya: Gean! A praça é literalmente em frente à nossa casa - Apontei assim que abri a janela da sala. - Olha o tanto de vapor que tem ali... eu não preciso do Binho no meu cangote.
Ret: Ele fica no teu cangote?
Ya: Meu Deus, não desse jeito - Ri. - Quis dizer que não quero ninguém em cima de mim, quero ficar tranquila com minhas amigas e meu bom açaí.
Ret: Ah, entendi - Ele coçou a cabeça. - Brota na minha casa Binho - Falou assim que puxou o radinho. Revirei os olhos e fui andando pra porta. - agora!
Binho: Brotei - Fiz careta. Eu tinha acabado de abrir a porta. - Qual foi patroa?
Ya: Tá sendo convocado a me vigiar.
Binho: Virei babá agora? - Gean parou de braços cruzados atrás de mim e ele suavizou o semblante e eu ri puxando ele. - Tá em boas mãos patrão.
Ret: Se ela morrer tu morre! - Gritou.
Balancei a cabeça sorrindo e mandei dedo escutando o grito dele atrás de mim.
Thaynara e Rute já estavam sentadas em uma das mesas da barraca de açaí e assim que nos aproximamos Rute sorriu olhando pro Binho.
Thay: Chegou o meu amigo mais lindo...
Binho: Vou pagar porra nenhuma - Thaynara se emburrou e eu sorri sentando do lado dela. Binho fez toque com a Thay e beijou a cabeça da Rute sentando do lado dela. - Quer comer alguma coisa?
Thay: Eu quero.
Binho: Não sabia que teu nome era Rute - Debochou. Thay mandou dedo e eu e Rute rimos.
Rute: Queria um X-tudo e sorvete de creme com ervilha - A gente fez careta. - Não sou eu que quero isso, a culpa é dele - Apontou pra barriga.
Binho: Tu é nojenta, garota - Ele sorriu e levantou. - Vão querer oque?
Thay: Eu quero um açaí de dez reais e um espetinho de coração do tio Mauro.
Ya: O mesmo pra mim.
Binho: Tão abusando muito não?
Thay: Você perguntou, nós respondemos. E quem tá pagando eu você, ninguém mandou se oferecer pra nada - Virou o rosto. Breno ficou olhando pra ela de cara feia e saiu depois de empurrar a cabeça dela. - Idiota!
Rute: Eu! Não chama ele assim - Sorriu. - Breno é um fofo!
Thay: Só tá falando isso porque ele te chupou.
Ya: Oque? - Rute abaixou a cabeça e Thaynara ficou sorrindo com um bico no rosto. - Quando isso?
Thay: Ontem de noite - Riu. - Tinha que escutar os gemidos, amiga... ah isso, Breno. Não para, não para. Ah!
Rute: Thaynara! Para, cara. Tá geral olhando - Ri.
Thay: Tá com vergonha, tá boba?
Rute mandou dedo e eu e Thay rimos da cara dela
Não demorou pro Breno voltar com tudo que a gente pediu. Rute comeu aquele monte de sorvete com ervilhas com vontade e só faltou comer o pote também.
Thay tinha chamado o João pra conhecer ela e o santo deles bateu na hora. Só queria que Gean também conhecesse ela, mas o mesmo tava ocupado demais.
Breno tinha dado a ideia de ir ver o jogo doa meninos na quadra e assim fomos. Era uma forma de fazer Rute conhecer o morro, mesmo que pouco, já que aquela era a primeira vez que ela saía.
Thay: Aquele ali é o Falcão? Aquele cara não tava morto? - Olhei pra onde ela olhava e vi o mesmo conversando com um dos meninos
Eu estava de mãos dadas com Rute, que sorria pros quatro cantos do morro. Mas assim que ela bateu os olhos pra onde nós olhava ela paralisou e apertou minha mão com força.
Ya: Rute? Amiga, você tá bem? - Lágrimas começaram a sair enquanto ela encarava Falcão e o aperto dela na minha mão se intensificava cada mais. Falcão olhou na nossa direção e nos olhou com surpresa, mas logo mudou pra carranca de sempre. Ele olhava Rute com fúria e outra coisa que eu não sabia oque era. - Rute?
Rute: M-me tira daqui - Pediu. - Por favor, me tira daqui.
Binho: Tá chorando por que? Qual foi?
JP: Para de perguntar, irmão. Age!
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BANDIDAGEM
Teen Fiction➝ Rio de Janeiro, Manguinhos 📍 || Quem nasce guerreiro não morre covarde, sou filho do amor, herdeiro da maldade. iniciada em: 24/05/2020 concluída em: 16/06/2020