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Caos

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Caos. Completo.

Enquanto a besta emergia do corpo de Harry, provocada pelo sofrimento de Morgan, Louis cobriu a menina com o próprio corpo. Não por medo de que o dragão a machucasse.

Pedaços do teto choviam sobre eles, fragmentos do gesso caindo nos lugares em que a cabeça do dragão batia nas placas. Em seguida, a cauda farpada sacolejava, quebrando armários e derrubando equipamentos, batendo na pia e arrebentando canos.

Quando borrifos de água quente saíram dos sprinklers e as lâmpadas começaram a piscar, Havers e sua equipe tiveram a pior ideia possível. Em vez de ficar parados para não chamar a atenção da fera, tornaram-se alvos ao tentar recuar e chegar até a saída que estava bloqueada por um ser que poderia devorá-los.

Não podia culpá-los, no entanto, já que nenhum deles já tinha lidado com uma situação bizarra e assustadora como essa antes.

__ Parem onde estão! - Louis os alertou - não se mexam!

E foi então que a besta rugiu.

Louis virou a cabeça para tentar proteger um dos ouvidos, mas não usaria as mãos, porque Morgan estava exposta demais. Atrás do dragão, a porta da sala de exames se abriu e Zsadist , Vishous e Lassiter apareceram.

__ Fechem a porta! - Louis gritou - e saiam!

Sua melhor oportunidade de não transformar o caos em uma completa carnificina, era fazer contato visual com o dragão, acalmá-lo e manter o treco concentrado nele e em Morgan. Contando que conseguisse chamar e manter a atenção de Harry sobre si e a filha, ninguém se machucaria.

A mandíbula do dragão estalou ao se fechar. Então a besta pareceu estremecer enquanto os olhos reptilianos giraram ao redor e se concentraram em Morgan. Ruídos satisfeitos lhe emanaram da garganta e o animal deu um passo a frente, a pata com garras aterrissando com a força de um equipamento de construção.

Louis foi se endireitando devagar para permitir que o alter ego de seu Harry visse a criança.

__ Morgan está bem. - disse com calma - venha e veja por si mesmo.

A cabeça imensa do monstro se abaixou com lentidão, como se não desejasse assustar a menininha e, ao passo que Louis recuou, o enorme focinho farejou Morgan. Sons de preocupação escaparam, em parte como um ronronar nervoso. Outra parte, uma matraca sofrida vinda do peitoral.

Morgan levantou a mão e afagou a face roxa e cheia de escamas.

__ Estou bem, papai...

A voz da menina estava surpreendentemente firme. Em seguida ela sorriu como se a sala não estivesse destruída, as pessoas não estivessem morrendo de medo ou ela não tivesse sido submetida a uma tortura.

Louis colocou sua mão pequena no pescoço proeminente da besta, sentindo os músculos e o vigor.

__ Está tudo bem...psiu...isso mesmo, pode cheirá-la...- sem mexer a cabeça, nem mesmo os olhos, sussurrou para Havers - me diga que conseguiu alinhar os ossos de Morgan.

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