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Payne decidiu que a única maneira daquela reunião ter sido mais ofensiva, teria sido se o pai de Zayn tivesse sugerido que o filho estava traficando drogas. Ou se prostituindo depois de escurecer. Vivendo uma segunda vida tirando doces de crianças e chutando filhotinhos de cachorros.

Aquele velho vampiro era mesmo inacreditável!!

Saiu pela grande porta de entrada e a uns cinco metros, parado no vento frio...usando pijamas? Zayn parado ali era como uma visão. Mas estava bem vivo, os cabelos sendo bagunçados pelo vento, a essência dele se apossando das narinas de Payne, a simples presença aquecendo a noite fria e tornando tudo ao redor mais quente.

__ O que está...

Payne foi interrompido muito antes que conseguisse processar o que acontecia, porque Zayn correu ao encontro dele e se jogou em seus braços, envolvendo-o pelo pescoço e apertando-o com toda força que tinha.

__ Espere! O que está fazendo? - Payne estava meio atordoado - Zayn, você não pode ser visto assim aqui fora.

Ao mesmo tempo olhava para todos os lados, temendo que fossem flagrados de forma tão íntima. Ergueu o jovem vampiro, tirando-o do chão e  caminhando para trás de um imenso bordo, para o tronco da árvore lhes permitisse alguma privacidade.

__ O que está fazendo aqui fora? - exigiu saber assim que o colocou no chão - vai acabar pegando uma pneumonia...

__ Não pensei direito, mas eu precisava te agradecer.

__ Me agradecer? Pelo que... - então ele parou e encarou o garoto em seus braços - era você que estava atrás daquele retrato?

__ Eu sabia que você estava na casa. Só não sabia porque. Ouvi tudo o que disse ao meu pai...então, obrigada.

Payne queria dizer a palavra certa. Inferno! Queria ser capaz de dizer qualquer coisa. Mas a maneira como Zayn o olhava, com aqueles olhos âmbar, brilhantes, com os cabelos limpos e cheirosos, o corpo quase ao seu alcance embaixo daquele pijama fino...algo que ele lembrava nos mínimos detalhes.

Esse lindo moreno derrubava todas as sua defesas, sem nenhum esforço. Fazia isso mesmo quando não parecia ter essa intenção. Segurou seu lindo rosto com as duas mãos e acariciou sua bochecha corada com o polegar.

__ Sonhei com você...- disse rouco - o dia inteiro.

__ Sonhou, é? - Zayn sorriu lindamente. - e o que sonhou?

__ Mais ou menos isso...

Payne inclinou o corpo e alcançou aqueles deliciosos lábios, envolvendo o corpo trêmulo com seus braços fortes, trazendo-o mais para si. Havia aquele vento de inverno dançando ao redor deles, alguns flocos de neve começando a cair, o céu negro e aveludado parecia encorajar os amantes. E quando por fim, conseguiu forças para se afastar, massageou os ombros alheios.

__ Mal posso esperar até essa noite acabar.

__ Eu também. - Zayn apoiou a mão em seu peito.

__ Queria não precisar ir embora. - Payne disse quase em um lamento. - de qualquer forma, não poderia ficar aqui.

__ Poderia... - Zayn disse muito próximo de seus lábios.

__ Não quero te causar nenhum problema. - ele negava quase sem forças.

__ Nunca. - Zayn mordia aqueles lábios apetitosos.

Deus! Aquilo era uma doce tortura e Payne não conseguia nunca se cansar daquele lindo rosto, do pescoço, da sensação de segurar sua cintura delicada. Zayn era como uma droga da qual Payne precisava mais e mais a cada minuto que passava.

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