O Poka's conseguia ser bem maior do que eu havia imaginado, dava para ver toda sua fronte do estacionamento onde estavamos.
Muita luz saia de lá, muitas pessoas entravam e eu estava nervosa!
-Ainda tá em tempo de desistir. - Olhei para Sam e ri de seu jeito irônico. - Você parece uma noiva preste a se casar. Se quiser podemos ir para um lugar mais reservado.
-Não. - falei balançando a cabeça para os lados com meu característico olhar tímido. Sam me dava confiança, eu queria entrar… Queria entrar se fosse com ele.
Tirei o sinto de segurança que vim apertando forte durante todo o trajeto, por medo de de sofrer um acidente. Aliás, é curioso que eu me sinta confiante com alguém que quase fez meu coração parar à poucos minutos. Foi um alívio quando entramos na via principal onde o trânsito é lento e há muitos semáforos! Esse tipo de coisa não tem na minha rua, é tudo muito antiquado.
Uma pequena multidão tinha se aglomerado do lado de fora, eu não conseguia ver a entrada, mas sabia onde era por conta das ondas forte de som e fleshs que saiam do lado direito da boate.
Senti a mão de Sam segurar na minha quando saímos do carro, estava fria.
-Não solte minha mão por nada.
-Por que? Você acha que é possível se perder lá dentro? -Questionei e ele deu uma gargalhada enquanto atravessamos o encostamento.
-Se perder não é o problema. Só tenha cuidado para não ser empurrada ou pisoteada.
No lado de fora as pessoas deram lugar para para que pudéssemos passar. Por dentro, não tinha como alguém dar lugar… Era gigantesco!
Estávamos em cima de uma passarela que passava pelo meio da boate cinco metros acima do chao, e terminava do outro lado, frente ao palco onde um Dj que pulava e batia palmas no alto.
Atravessamos a passarela segurando no corrimão e fomos empurrandos várias e várias vezes, quando chegamos embaixo meu cabelo estava todo bagunçado.
-Você quer ficar e dançar? Se preferir, podemos ir tomar algo. - Eu não queria ter que entrar na pista de dança, lá as pessoas pareciam que estavam numa máquina de lavar roupa.
-E ser triturada? -ironizei.
-Vamos beber.
Passamos por aos redores da pista ate chegar no bar. Essa parte do ambiente era bem mais agradável porque ficava muito longe da pista, tinha uma luz fraca, cor de sépia e todas as paredes revestidas de madeira, a rusticidade estava presente ali também.
-Vodka?- Sam perguntou quando nos sentamos frente um balcão e o barman veio nos atender.
-Um suco.- Respondi e ele me olhou, como se esperasse que eu falasse que na verdade era mentira.- Não posso chegar em casa com cheiro de álcool.
-Sua mãe não te deixa se divertir?
-Ela não está em casa.
-oh! Entendi! E… me deixa adivinhar, você saiu de casa escondida.- Sorriu.
-Você acertou.
-Ual! Voce tem toda razão! Um pouco de rebeldia sempre faz bem.
Nossas bebidas foram postas sobre o balcão enquanto eu examinava cada pedacinho da boate com o olhar brilhante.
-Você nunca esteve aqui antes, não é mesmo?
-Nao. Na verdade, é a primeira vez que estou em Root.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Me Dê Rosas
Misteri / ThrillerDepois de ter sua casa invadida por supostos golpista e saber que sua babá foi assassinada, Ana vai morar em Root, uma cidade grande no Sul do país, comandada pelo crime organizado. Com seus novos amigos, ela terá que pagar um alto preço por querer...