vinte e seis.

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Ibiza, Espanha
2:00 AM
🥀

Decisões.
Sempre tivemos o poder de ter opções, de escolher o que nós preferimos, o que nós julgamos ser ideal para nós mesmos. E estamos o tempo todo escolhendo e escolhendo, porque até a indecisão é uma decisão. Nem sempre as escolhas são fáceis, na maioria das vezes são mais difíceis do que nós pensamos. E por que? Ah, porque as coisas que mais valem a pena são as mais complicadas. Decidir se fica ou se vai, se faz ou não, se ama ou se supera; nada disso é fácil quando estamos lidando com sentimentos. Mas o mundo cobra que sejamos fortes e certeiros em nossas decisões, como se todas as outras pessoas estivessem seguras das próprias escolhas, dos próprios amores, dos próprios sonhos. E não é assim, somos infinitos questionadores que causam os próprios conflitos internos e duvidam de si mesmos, até quando tudo passa a ser sobre nós. Somos ilhas afetivas, ninguém sente o que sentimos porque ninguém tem o corpo que temos, ninguém tem a mente que temos, nem a formação que tivemos. O problema é que quando optamos por algo, precisamos mergulhar de cabeça. Se escolhemos alguém, que nos entreguemos por inteiro. Viver de uma forma intensa não é ruim, se doar ao máximo é mostrar quem é, integralmente.
Por isso a maior forma de amar é demonstrar, só nós sabemos o que sentimos. Há pessoas que se compõem de atos, ruídos, retratos. Outras de palavras. E palavras são mais importantes do que pensamos: até o óbvio precisa ser dito.


— Obrigado, Sin.- senta no banco da ilha de mármore negro da cozinha. A expressão é diferente, talvez indecifrável.— Por me ajudar hoje.

Sina e Noah tinham chegado em casa, em meio a tantos fotógrafos e paparazzi que queriam uma pitada de Noah Urrea, cinco segundos de gravação ou ao menos uma foto e seria suficiente para terem matéria pelo restante do mês. Qualquer matéria é válida quando se trata de famosos, ainda mais se essa matéria for a responsável pela sua futura promoção.

— Sabe que não precisa agradecer- sorri.— imagino que pra você deve ser complicado. Digo, você está sempre encurralado, cheio de fotógrafos te cercando.

— No início eu ficava assustado- toma um gole de café— Mas agora eu só me acostumei, apesar de odiar isso.

— Ser o centro das atenções não é facil- abre a geladeira— mais difícil que isso só superar o medo de elefantes.

— Golpe baixo, loirinha.- Ri.— Eu amo a música, amo meus fãs- bebe mais um gole do café— Mas sabe, a fama tem seu preço, né?

— Privacidade invadida- Sina respira fundo— realmente deve ser complicado.

— Privacidade é luxo quando se trata de quem tem milhões no instagram.- ri sem humor.— Mas fazer o que a gente gosta supera qualquer obstáculo, você mesma me disse isso.

— Você gosta da música mesmo, né? Dá pra ver como seus olhos brilham quando fala sobre isso.- Apoia o queixo nas mãos.

— Música é a minha vida- abre um sorriso.— eu sou a pessoa mais eclética de todas, apesar de cantar rock romântico. Parece que todos os problemas cessam desde que eu tenha um fone ou um violão. É incrível a sensação de saber que tem vários nomes da música, Queen, Beatles, Kiss, e que eu faço parte desse meio, não dá pra explicar, eu só...

— Só se encontra.- deduz.— Eu sei como se sente.- e sorri. Outra vez.

É como um ciclo vicioso, basta falar um pouco sobre algo ou alguém que gostamos, e o sorriso vai estar logo ali. Era assim, desde sempre Noah sentia que a música fazia parte dele, sempre ouvira de Queen a Gun's n roses, Pinky Floyd, ou outros nomes de icônicos musicistas ao redor do mundo, como Madonna ou James Brown, ou até mesmo artistas da música popular brasileira. E desde sempre fora desse jeito, desde sempre encontrara a si mesmo dentro desse universo incrível o qual a música nos transporta.

𝐋𝐞𝐭 𝐦𝐞 𝐛𝐞 𝐭𝐡𝐞 𝐨𝐧𝐞 » 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora