quarenta e quatro.

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Los Angeles, Califórnia

O tempo frio e cinza, que escurecia cada vez mais nublado, transformava-se em trovões que não estavam acompanhados de chuva, mas a sua inconsistência mostrava que ela chegaria em breve. Sina ainda estava abalada por dentro, tudo o que tinha ouvido de Maggie nas últimas horas comprovava o quanto tinha estado com olhos fechados durante a vida inteira e o quanto afastar-se a tinha feito bem.

— Eu vou te dar um último aviso, Maggie.
— a alemã diz, pegando a bolsa. — supera essa história de uma vez, me deixe em paz e esqueça os meus amigos. — vai em direção à porta.

— Aonde pensa que vai? — a loira pergunta e nega com a cabeça. — Você não vai sair daqui.

Maggie ia em direção à Sina e amarrava a mesma com uma corda que tirava detrás do balcão, levava a alemã até a cadeira e a amarrava ali.

— Eu vou te contar uma história, Sina. — pega uma faca na cozinha e envolve-a nas mãos. — Uma história que eu queria te contar faz muito tempo.

— Me tira daqui — tenta soltar a corda. — Você está doida?

— Cala a boca antes que eu te mate antes de começar a história. — passa a faca nas mãos. — Eu sempre senti uma coisa por você. Chame de ciúme, inveja, do que quiser, mas eu sempre quis ser e ter o que você tem, desde quando éramos pequenas você sempre teve tudo e foi tudo, as pessoas te olhavam de uma forma que eu sabia que não importava o que eu fizesse, ninguém nunca me olharia assim. Depois eu fui entendendo que eu era melhor que você, mas isso não cessou a minha vontade de te destruir, de arruinar cada parte sua, pedacinho por pedacinho. Um dia o Peter me mostrou um anel de noivado, me pedindo ajuda porque ele disse que te pediria em casamento uma semana depois. Claro, sendo sua melhor amiga, com certeza aceitei. Foi muito fácil enganar a você, na verdade, foi muito fácil enganar a vocês dois, o Peter sempre foi muito apaixonado por você, ele faria o que eu dissesse. Primeiro eu falsifiquei provas de comprovantes de compras ilegais de drogas e contrabando contra o pai dele, e depois o obriguei a fingir ter algo comigo pra você ver, ou o papai dele seria entregue para a polícia. Peter aceitou pelo pai, você sabe, a vida inteira foram só eles dois. Você recebeu um telefonema dele horas antes, perguntando se viria mesmo para a minha casa ver o filme, então você chegou aqui e encontrou a porta do quarto aberta, eu e o Peter estávamos quase transando quando chegou. No outro dia, você veio buscar seu carro e contou pra gente que sabia de tudo, a cena de arrependimento no dia seguinte, as lágrimas e as deculpas, tudo foi combinado. Ele não queria fazer isso, ele te amava, Sina, mas eu tirei isso de você. — gargalha. — Depois disso, eu o obriguei a continuar comigo porque achava que isso te afetaria, mas ele descobriu que as provas eram falsas e que o pai não era um viciado, ele era o assassino que matou a própria esposa, o Peter cresceu sem mãe por culpa dele, então ele o entregou e "terminou" tudo comigo. — faz aspas com as mãos. — Eu deixei isso passar, tinha muito mais com o que me preocupar e fazer as coisas darem errado pra você.

— Como você teve coragem de fazer isso, Maggie? — Sina pergunta com um olhar vazio. — Meu deus, por que você faz isso com você mesma? Você é completamente maluca e obcecada.

— Já te mandei ficar quieta ou vou perder a paciência. — fala e Sina se cala. — Continuando, eu precisava de algo para fazer você se arrepender de ter cruzado o meu caminho, e tudo caiu como uma luva quando uma mulher ligou pra mim um dia, era como se fosse destinado a acontecer, a mulher dizia que tinha o mesmo interesse que eu: dar um fim em Sina Deinert de uma vez por todas. Nós nos encontramos, finalmente conheci a minha sócia e descobri que era a Olivia Ross, que dispensa apresentações porque você já deve tê-la encontrado na cama de Noah.

𝐋𝐞𝐭 𝐦𝐞 𝐛𝐞 𝐭𝐡𝐞 𝐨𝐧𝐞 » 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora