𝐋𝐞𝐭 𝐦𝐞 𝐛𝐞 𝐭𝐡𝐞 𝐨𝐧𝐞 » 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭

trinta.

Despedida. O que falar sobre tal? Certamente, se despedir não é só dizer um simples 'tchau'. Se despedir é sentir, se emocionar. Ter a plena certeza de que vai sentir falta, de que vai lembrar.
A pior parte das despedidas é a hora em que a tão adiada palavra, precisa ser dita. "Adeus". Não um adeus qualquer, mas um que precisou de muita coragem para ser dito.
A mais ruim das despedidas, é aquela que não se teve a oportunidade de fazer-se. Ou aquela na qual você entende que sua hora na vida da pessoa já basta, e precisa ir embora, mesmo que não queira. Mesmo que seu coração peça para ficar e todos os teus sentimentos te puxem para perto. Você precisa ir pra longe, para não se machucar.
Mas não é uma opção.
Se machucar faz parte de qualquer ciclo, qualquer um. E está tudo certo, vais ver. Porque se não me falha a memória, Antoine de Saint-exupéry, em 'O pequeno príncipe', disse que você corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar, e isso é real, porque você é ser humano, você sente. E dói muito mais quado sabe que reencontros estão fora de cogitação e que voltar, não é mais uma opção.

— Sin- Sabina chama a amiga.— fala com a gente- acaricia a mão da loira.

— Amiga- Heyoon fala agora.— o que aconteceu?

Sina não conseguia explicar o que estava havendo dentro dela, era uma mistura de sentimentos em uma atmosfera de loucura e irrealidade. Tentava se entender, não lembrar do que houve parecia a ideia perfeita se conseguisse executá-la, o problema é que sua mente não obedecia o seu coração e seus olhos mostravam isso claramente, não pensar nisso eram apenas peculiares desejos de um coração quebrado. Não entendia como Olivia tinha chegado ali, nem como e por quê Noah mentira para ela, eram incógnitas que ela não podia solucionar, não se isso a fizesse ficar pior. Os amigos perguntavam sobre o que havia tido, contudo as respostas não saiam e tentava saber o motivo disso, talvez não quisesse falar, ou talvez não quisesse admitir que aquilo tinha acontecido com ela novamente, e desta forma com alguém que realmente amava.

— Sin, - Josh senta ao lado dela.— estamos aqui por você.

— Sabe que pode confiar na gente, não sabe?- Heyoon tenta fazer contato visual com a amiga, lança um olhar calmo e sereno, suficiente para trazer paz e tranquilidade, pelo menos para quem estivesse com todos os seus sentimentos no lugar.

— O Noah- recua e engole em seco, admitir era mais difícil do que pensava.— eu ia falar com ele, ia me despedir porque ele vai viajar, mas quando eu cheguei no quarto,- para novamente e respira.— tinha uma mulher na cama dele, de roupão tomando champanhe- solta uma risada nasal.— Olivia Ross.

— Puta merda- Josh levanta em um estalo e Sina olha para ele.— não acredito nisso.

— Olivia Ross, a modelo da Dior?- Heyoon pergunta e Sina confirma com a cabeça.

— Mas que porra- Sabina bate as mãos nas pernas.— O que ele disse?

— Quando eu cheguei no quarto, ele estava saindo do banheiro de toalha, disse que não sabia o que a Olivia fazia no quarto dele.- Passa as mãos no rosto.— ela disse que estavam namorando, fez questão de expor que transaram inúmeras vezes naquele quarto.- uma lágrima incansável ainda cai e ela limpa rapidamente.— meu coração doeu tanto, - outra lágrima cai, seguida de mais uma.— doeu ainda mais por saber que tudo o que a gente teve pareceu ser falso.- a última parte sai enrolada devido as lágrimas que caiam novamente.

O celular de Josh tocava, tirava-o do bolso e olhava sério para o aparelho e depois para Sina, todos já tinham entendido quem estava ligando e ela lançava um sorriso sem mostrar os dentes, mas que deixava a entender que ficaria bem se ele fosse atender, mesmo que soubesse que a pessoa do outro lado da linha não procurava pelo amigo, mas por ela.