𝐋𝐞𝐭 𝐦𝐞 𝐛𝐞 𝐭𝐡𝐞 𝐨𝐧𝐞 » 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭

vinte e nove.

  Los Angeles, Califórnia
🥀

Verdade.
uma palavra de difícil definição, que é complicada mesmo com uma explicação lexical. Nos faz questionar e tentar distinguir entre o autêntico e o irreal, buscando significados na filosofia, na literatura, religião ou até mesmo na ciência ou senso comum. E é aí que vemos o quão divertida e variada essa palavra é, porque traz um ar de dúvida por onde passa. Entretanto, se há, no mais completo dicionário ou frase filosófica, uma definição tão profunda da palavra é: indefinida.
Passamos ao longo da nossa história por situações diversas que extraem de nós sentimentos variados, mas sempre com base na verdade; desde que sejamos verdadeiros, com os outros e com nós mesmos, estaremos agindo com a razão e coração juntos. Todos contemos uma verdade dentro de nós. Não absoluta, não abrangente, porém que entende e realça a personalidade individual de cada um. E isso faz dela a nossa verdade. No mais, verdades que são essencialmente inquestionáveis não são maciças e nem permitem modificações. Aquilo que acontece, como um todo, em prol do bem ou mal, que é a versão real da situação, é sim, a verdade. Não dá para mudar os fatos, mas dá para mudar a forma como os encaramos. Bem como mudar as consequências é uma tentativa falha, quando na verdade, pode-se mudar as escolhas.

Já haviam saído de Ibiza, a viagem realmente tinha sido incrível e pensavam em viajar juntos mais vezes, o que com certeza aconteceria. Sabiam dos compromissos e trabalhos que tinham agendados e que, por isso, se veriam menos do que gostariam já que estariam ocupados, mas tinham certeza de que se veriam nem que fosse no final de semana. Sair nem era o objetivo, o importante era a presença de cada um independente do lugar onde estivessem; em casa ou em festas, se estivessem juntos, estaria tudo bem. Tinham a pouco chegado em Los Angeles e podiam sentir o clima de verão da Califórnia, o Sol brilhante realçava os olhos e o vento balançava os cabelos. Heyoon, Sabina, Sina, Josh e Lamar iam para a casa de Noah, os outros se despediram assim que saíram do aeroporto e estavam rumo à lista de coisas que precisavam arrumar antes da Segunda-feira.

— A Sabina fez a gente vir com ela só pra buscar a nécessaire que deixou aqui.- Heyoon reclama fechando a porta de madeira clara.

— Eu não vou ficar sem meus produtos, vocês que lutem.- senta no sofá.— Noah, pega pra mim no banheiro do quarto de hóspedes.

— Isso foi um pedido?

— Não, por que seria?- levanta uma sobrancelha.

— Sou seu empregado?

— Sim?- responde com obviedade.

— Ok- se rende.— chata.

— O que disse?- cruza os braços.

— Gata, eu te chamei de gata.- ri de nervoso.

— Eu sei.- solta um beijinho no ar.

— Eu vou tomar banho, meu vôo é daqui a pouco.- levanta do sofá e dá um selinho em Sina.

— Temos que viajar de novo.- Heyoon fala.

— Urgente.- Lamar joga a cabeça para trás no sofá.

— Falou com a Any?- Lamar pergunta para Josh que faz cara de pensativo.

— Falei- suspira.— vamos tentar algo, estamos vendo no que isso vai dar.

— Fé no pai.- vai até a cozinha.— alguém quer água?

— Sabina e água na mesma frase só em sonho- Lamar diz e Heyoon concorda com a cabeça.— Ela bebe dois goles e diz que são dois litros.

— E ainda diz que bebeu água demais- Josh completa e ri.— mas em outras coisas ela se afoga, né

— Entendi o porquê da Any ser tão mente suja- Sina diz e tira o celular da bolsa.— Ah... oi, Thomas. Não... sim, cheguei faz pouco tempo.... sim, sim..... tudo bem.... não, tranquilo. Posso sim.... perfeito, te encontro agora.