trinta e cinco.

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A cabeça estava completamente dolorida e os olhos fechavam-se quando uma fresta de luz os invadia. Noah olhava para a cama e via a loira de costas, coberta com algo que talvez fosse um lençol, não sabia definir o que era. A loira virava-se e o encarava, analisando se estava bem e lançava um sorriso disfarçado de malícia quando percebia o estado em que ele estava, um sinônimo de perdição inigualável com os cabelos bagunçados, os olhos verdes luminosos e a face amassada como quem acabara de acordar.

— Bom dia, lindo. — fala e sobe em cima dele estalando um beijo no pescoço.

— Sarah? — fala surpreso e observa a garota em cima dele.

— Adorei a noite.

— Eu não lembro de nada. — esfrega as duas mãos no rosto. — minha cabeça tá estourando.

— Você bebeu muito, me ligou depois da festa na casa do Josh e pediu pra eu vir aqui, pelo que você disse tava precisando extravasar.

— festa? — pergunta confuso. — sim, a festa. Não lembro de nada depois de entrar na casa do Josh e beber pelo menos quatro doses de uísque.

Ninguém recordava de quase nada que tinha acontecido depois do jogo da verdade, depois de beberem ainda mais previsivelmente estavam exaustos e acabado, e as memórias se perdiam a partir da hora em que fizeram a roda para o jogo na noite anterior.

— Até que para uma pessoa fora de si você estava bem são — ri. — e se você quiser, posso te fazer lembrar com detalhes — afunda a cabeça no pescoço dele. — o que a gente...

— Senhor Urrea — uma voz ecoa do lado de fora da porta e a loira levanta rápido revirando os olhos.

— Puta merda. — resmunga entre os dentes.

— A senhorita Joalin já está aqui, devo mandá-la...

— Não, Celi, já estou indo. — levanta rápido da cama e derruba Sarah em seu colo que tomba para trás.

— Não se pode nem mair fod...

— Quando sair — fala sem se importar e entra no banheiro. — fecha a porta, ok?





🥀





Any e Sabina paravam na mansão e tocavam o interfone, a porta logo era aberta por uma Joalin nada contente e com uma face retraída, nada muito diferente das duas que entravam porta a fora e beijavam a bochecha da amiga. Celia aparecia na sala e olhava as três ali com um pouco de pena, pareciam mal e pior, realmente estavam. Conhecia muito bem os jovens e aqueles ali, especificamente, conhecia muito mais, qualquer um poderia associar as caras cansadas e o olhar de derrota das meninas aos trabalhos ou estudos, mas Celia sabia que aquilo era nada mais nada menos que um monte de jovens que exageraram na bebida, mais uma vez.

— Vocês querem algo? uma água ou uma oração talvez — a funcionária pergunta e lança um olhar de preocupação.

— Eu quero a minha cama. — Sabina diz e levanta a cabeça com um sorriso estampado. — Mas aí não teria um bolinho de chocolate não, né?

— Já trago seu bolo de chocolate. — sorri. — e um guincho para a senhorita Joalin. — Sai da sala.

— O que houve com você? — Any pergunta analisando a amiga.

— O mesmo que houve com você — aponta pra
Any e depois pra Sabina. — e você.

— Acho que um trator passou por cima de mim. — a mexicana joga a bolsa no sofá e joga-se em seguida. — sem forças pra continuar.

𝐋𝐞𝐭 𝐦𝐞 𝐛𝐞 𝐭𝐡𝐞 𝐨𝐧𝐞 » 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora