Capítulo 37 - Plans

328 29 109
                                    

Leste Europeu, Sokovia - Hydra.

Passaram-se sete dias desde que Moon sofrera uma forte lavagem cerebral. Após o fatídico momento, a feiticeira entrara em estado de sono profundo, para que pudesse se recuperar de toda aquela descarga de energia e do espancamento, causado por Johann, o que deixara os líderes apreensivos pela inavitidade da mulher. Zola manteve um extenso monitoramento, a observando e criando notas sobre o que ocorreria quando provocasse o despertar de Lynn e esperava, com todas as suas expectativas, que ela voltasse do jeito antes planejado.

Por não possuir a mesma composição corporal de Bucky, o destino era bastante incerto sobre o comportamento da mesma. Como dissera à Wolfgang, ela poderia acordar mais fora de controle do que já estava e isso causaria uma grande destruição no viés nazista. O cientista temia por si próprio, já que Strucker o ameaçara e o faria perder a vida se aquele plano saísse pela culatra. Durante a semana inteira, Barnes esteve em missão e, ao retornar, passou por mais um brainwash, sendo jogado na cela. Notando que já não resistia mais, Zola optou por realizar o processo, no máximo, três vezes ao mês, como uma espécie de teste.

No laboratório, apenas Arnim se mantivera presente, sem perder o foco sobre Moon e, dirigindo-se até o grande armário onde guardava as substâncias mais letais, escolheu um frasco cinzento, próprio para tornar qualquer ser humano à consciência. Não aguentava mais as cobranças e, notoriamente, entendia que Johann e Strucker estavam ignorando a ciência, o fazendo acordá-la antes do tempo previsto.

Vamos lá, está na hora. — murmurou, pegando o kit de seringa e agulha de grande calibre. Em seguida, pôs o líquido dentro do tubo transparente, dando poucas batidas para expulsar as bolhas de ar. O organismo de Lynn havia se responsabilizado em cicatrizar os ferimentos por conta própria, ou seja, ela aparentava estar bastante saudável, por agora. Zola enlaçou uma fita emborrachada no braço direito de Moon, aprisionando o fluxo sanguíneo e ressaltando os vasos do membro superior, logo, iniciou a injeção da substância.

Com o soro em contato com os glóbulos vermelhos, o coração de Moon apresentou uma taquicardia leve e seus olhos passaram a movimentar-se rapidamente, quase da mesma forma em que ocorre no sono REM. A convulsão, prevista pelo doutor, deu-se início. Se não estivesse firmemente amarrada à maca, consequentemente, estaria caída ao chão. Observando a situação, aparentava que todos os medicamentos fabricados pela Hidra causavam as mesmas reações violentas.

— Anda, garota, abra os olhos! — Arnim aumentou o tom de voz, chateado pela demora. Lynn manteve-se descontrolada sob efeito do líquido misterioso, o que irritou o cientista, o fazendo dar-lhes um tapa muito forte no rosto e, posterior ao ato, tudo se acalmou, porém, Lynn mantivera as órbitas no mesmo repouso. Zola bufou, retirando-se da sala. O estresse, ao qual fora posto nos últimos dias, o deixava mais agressivo do que, de fato, era. Arnim não costumava bater em ninguém, pois, preferia chantagear e enganar suas vítimas através do psicológico. Era o típico valentão por oportunismo.

Zola voltou para sua sala, portando uma bolsa escura, e sentou-se de frente para a bancada marmorizada, dando uma última olhada em seus relatórios. Quando pôde virar-se para o local em que a havia deixado, assustou-se ao notar uma figura mediana, o olhando, no fundo da sala, entre as sombras dos cantos da parede. Arnim derrubou a prancheta e, pela aflição, seus óculos escorregaram pela face, parando no gélido chão. A figura deu poucos passos à frente, sorrateiramente, até alcançar o doutor, que tremia dos pés à cabeça, pálido como a neve.

The Darkness Soldier Onde histórias criam vida. Descubra agora