Capítulo 41 - No more lies

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Leste Europeu, Sokovia - Hydra.

Moon observava, pelas placas transparentes dos vidros, a grande nevasca que parecia não ter fim naquela reservada região. A base, como em seu habitual, sobrecarregava-se em um caos inimaginável. Hitler estava a ponto de perder a guerra e, obviamente, as responsabilidades caíam sobre as costas dos soldados. Strucker não enxergava outras saídas, a não ser se usufruir das últimas armas que possuía: as habilidades de Moon Lynn.

Um esquadrão nazista, de elite, organizava-se para um ataque surpresa às bases inglesas, incluindo o batalhão coordenado por Happy Sam Sawyer, antiga equipe a qual Bucky e Lynn costumavam vincular-se. A feiticeira respirou fundo, vendo a pequena névoa de ar quente escapar de sua boca, embaçando o material que a permitia olhar externamente. Moon, com toda a tensão muscular a consumindo, resolveu descer até a sala de Strucker.

— O que faz aqui? — Perguntou, ao permití-la entrar. Wolfgang continha um cigarro entre os dedos, enquanto soltava a fumaça pelas narinas e massageava a testa franzida.

— Disseram-me que gostaria de me ver, senhor. — Saudou o homem, sentando-se em uma das cadeiras de frente para a mesa.

Oh, sim, é verdade. — Strucker puxou o cinzeiro para si, descartando os resíduos do cigarro, e desviou o olhar para a garota, sorrindo ironicamente — Quero que lidere o nosso esquadrão, você sabe, no ataque de hoje. — Falou. Pelo tom de voz, ele não a estava pedindo.

— Eu? — mostrou-se surpresa — E quanto ao Soldado Invernal? Ele se daria bem melhor nesta função. — Contrariou o chefe.

— Sabe que é uma ordem. — Rosnou, impaciente.

— Entendido, senhor. — Murmurou, cruzando os braços.

— Então, já sabe o que fazer. — inclinou-se para trás, encantado com a dança da fumaça sob os detalhes de seu olhar. — Agora, fora da minha sala. Tenho muito à pensar. — apontou, com a cabeça, a saída. Lynn assentiu positivamente e levantou-se, dando largos passos até o lado de fora.

Por ser a líder tática da missão, precisava treinar, portanto, deslocou-se à ala mais apropriada para seu condicionamento físico. Não haviam muitos homens e, de qualquer forma, apenas um chamara a atenção de Lynn. Bucky, com apenas uma calça de náilon, era instruído aos golpes que disparava em uma superfície mais rígida e, sem muitas demoras, também pôde notar a presença da mulher.

Moon utilizava calça justa, de cores acinzentadas, e uma camisa de malha macia, que cobria os braços por inteiro, e levava a marcação do logo da Hydra, nas costas. Ela retirou os coturnos e prendeu os cachos em um belo rabo de cavalo, colocando as luvas de couro nas mãos. Moon andou até o compartimento de artes marciais, especificamente o de boxe, com um grande saco de areia, e posicionou-se corretamente, desferindo a sequência fixada em mente: Jab, cross, uppercut, gancho de direita, direto, swing e defesa. Repete.

— Hallo, Süße_r. (Olá, gracinha) — Um dos soldados se aproximou, atrapalhando-a, tocando a cintura de Lynn e pressionando o contato de seus dedos com o local tocado.

— Geh weg. (Se afasta) — Murmurou, entredentes, e acertou um soco forte no objeto, arrancando-o do suporte. De uns tempos para , o assédio tornara-se algo normalizado pelos líderes. Após a notícia do abuso sexual, projetado por Schmidt, os demais soldados fizeram apostas sobre quem conseguiria repetir o ato, seja com ou sem consentimento.

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