Capítulo 29 - Explosion

499 42 165
                                    

Base secreta da Hidra: ala das celas especiais - Cidade de Heinemund, Alemanha - 02h40min da madrugada.

Moon abriu seus olhos, levando alguns segundos para acostumar-se com o tipo de luz do ambiente, que beirava o meio termo entre a escuridão e a claridade. Ao levantar-se do chão gélido, pôde notar que, suas entranhas, ainda estavam doloridas pela quantidade de choques que ultrapassaram a superfície de sua pele, buscando alongar-se, para aliviar qualquer tipo de tensão. A feiticeira girou o pescoço em torno da sala, passando seus olhos por cada metro quadrado daquele recinto, e percebeu que, além das portas, as paredes também eram reforçadas. Diante de seus olhos, uma espécie de sensor, ou alarme, alternava suas cores entre o laranja e o vermelho.

A jovem deu alguns, poucos, passos para as laterais da cela, perpassando as mãos no concreto e sentindo a textura áspera, que absorvia o frio local. Lynn fechou suas órbitas visuais, sem retirar a mão do material cinzento, e inclinou a cabeça para o lado, pensando em suas duas, e preciosas, katanas. Um arrepio correu por sua coluna espinhal, atingindo a primeira vértebra cervical, e deixou a magia conduzí-la, aderindo ao primeiro campo que dominara: o poder, propriamente dito. Suas íris, rapidamente, se tornaram lilases, tais quais as runas, em diversos desenhos florais, passaram a iluminar a penumbra de sua pequena, e não útil, prisão.

Em pouco tempo, dois objetos brilhantes, e cortantes, surgiram sobre suas mãos. Impressionante o que se é possível realizar ao usufruir-se dos dotes mágicos. Ela encaixou as armas brancas nos suportes dorsais e, como não retiraram as luvas pretas, apenas preparou-se para fazer sua própria extração daquele cubículo monocromático, onde não passara tanto tempo, e voltou sua preocupação para os colegas de equipe. Não sabia onde eles foram postos e nem se, ao menos, permaneciam vivos.

Lynn empenhou-se em retirar as travas de segurança, sorrateiramente, certificando-se de manter os alarmes ativados, pois, dessa forma, os rapazes saberiam que ela estava viva e bem, e Steve teria noção do que a amiga faria. A mulher fixou o olhar no aço inoxidável, visualizando mentalmente o sistema elétrico interno, e notou que precisaria romper cerca de oito travas, o que não seria difícil para a mesma, para, então, sair. Ela iria lacrar a porta, o que faria os soldados inimigos perderem tempo, tentando abrir e verificar o acontecido quando o alarme soasse.

Moon mentalizou a primeira trava e, assim que ouviu um clique discreto, soube que obteve sucesso. Milésimos de segundos após a primeira, a última, também, já havia sido destravada e o enorme bloco metálico estava liberado. Thompson puxou-o, colocando-se para fora da cela e, logo, trancou-a novamente, passando os dedos na frente do sensor, disparando o alerta. Os altos ruídos sonoros foram ouvidos e, sendo assim, ela soube que era hora de sair de perto daquela ala, deslocando-se para o outro corredor, com uma atenção redobrada, desviando de qualquer ameaça vigente.

Ala geral de celas especiais não reforçadas - 02h50min da madrugada.

— Ouviram isso? — Fury se aproximou das barras de ferro que os impediam de sair daquela cela. Assim como as demais, as paredes eram cinzas, mas não tão grossas, e, diferente da sala em que Lynn fora posta, não havia uma porta, e, sim, grades comuns.

— O alarme disparou. — Pinky murmurou, deixando subentendido o que ocorrera, porém, os colegas não captaram o sinal — significa que alguém escapou de uma sala nos andares superiores. — completou o raciocínio, deixando-os surpresos, exceto por uma pessoa.

— As salas dos andares de cima são para indivíduos mais perigosos, certo? — Bucky, arqueando uma de suas sobrancelhas, questionou, ao cruzar os braços.

The Darkness Soldier Onde histórias criam vida. Descubra agora