Capítulo 16 - After

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Chicago, show do Capitão América - Um mês após a morte de Abraham Erskine

Os dias, lentamente, se passaram depois que houve aquela tentativa de roubo no laboratório do doutor. A base americana havia sido transferida para um local diferente, não muito longe. Steve, depois de longas conversas com Phillips, foi posto na área da publicidade, não como ele queria. Rogers sonhava em ser um soldado de verdade, não um mero dançarino que viajava de cidade em cidade para fazer shows, a mando do coronel. Ele sabia que Phillips havia feito isso por não ter Erskine para impedí-lo.

— Ah, Steve, nem está tão péssimo assim. — Moon afirmou, tentando, falhamente, segurar a gargalhada. O loiro, em seu porte másculo e forte, utilizava um justo uniforme de malha, com uma máscara muito mal feita.

de brincadeira? Eu agradeço todos os dias por meu público ter entre seis e dez anos. — murmurou, enquanto repuxava o tecido, irritado.

— Tudo bem, admito, não é muito a sua cara isso . — Apontou sua silhueta de cima a baixo, vermelha de tanto rir do amigo, fazendo-o soltar um suspiro frustrado.

— Eu sabia que o coronel não gostava muito de mim, mas não sabia que ele me odiava a esse ponto. Lynn, não era isso que eu estava pensando em fazer depois do soro! — Steve reclamou, pela milésima vez, do papel que Phillips o designara.

— Eu sei, eu sei. Pense pelo lado bom, Rogers, as pessoas te amam. E você não está correndo o risco de levar um tiro no meio da guerra. — Falou, se recostando à precária cadeira de aço disponibilizada pelo próprio local, enquanto olhava a linda jóia em seu pescoço.

— É, e também sirvo para todos rirem da minha cara. — bufou. Por mais que, nos palcos, demonstrasse enorme satisfação em fazer os shows, por trás a realidade não era a mesma. Rogers ponderava por cada milésimo de segundo o quão útil ele seria lutando. Este fato não podia ser questionado ou negado, todos concordavam, mas, o coronel optara por fazê-lo virar um show business ambulante, sabe-se lá o exato motivo.

— Nós dois sabemos que você não fará isto para sempre. Uma hora irão precisar das suas habilidades, Stee. — Moon o olhou nos olhos, para passar a confiança que ela própria sentia.

— Também precisarão de você, Lynn. Entende isso, não é? — Ele falou com cautela. Sabia que a ideia de estar na guerra, sabendo que Von Strucker aliava-se a Hitler em imensas tentativas falhas de criar armas e experiências vivas para utilizarem contra os inimigos, a rondava há muito tempo.

— Eu entendo, sim. Não que eu sinta medo em encontrar com Strucker ou suas criações, mas, me deixa intrigada, sabe? — questionou, mostrando sua postura reflexiva.

— Como assim? — Steve se vira confuso.

— Steve, eu entendo que meus pais utilizaram uma certa magia, meu pai não era um mago branco, mas, eu também sei que a magia negra não foi alimentada por intenções ruins, porém, quando eu penso em Strucker, de que modo ele conseguiu? — indagou a mulher — Se foi por magia negra, uma hora ou outra, os detentores dessa magia virão atrás dele. São esses fatos que não batem, como ele não sabia disso? — Moon imergiu em pensamentos, contaminando até mesmo o capitão em sua frente.

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