The Darkness Soldier

Capítulo 38 - Violence

AVISO DE GATILHO: ABUSO FÍSICO, PSICOLÓGICO E SEXUAL.

Círculo Polar Ártico, Pólo Norte - 05h15min.

O casal de desmemoriados fora enviado a uma das mais frias áreas do mundo, com o objetivo único de resgatar um cubo e massagear o ego soberbo de seus líderes, sempre na corrida pelo poder contra os exércitos americanos. Lynn, embora estivesse participando do mesmo plano ao lado de Bucky, também possuía suas próprias intenções, sem compartilhá-las com mais ninguém, além dela própria.

Bucky vestia um colete preto, e grosso, de couro, tais quais as luvas, cheio de divisões horizontais entre a região torácica. Seu braço direito estava coberto pelo mesmo tecido, enquanto o esquerdo, frio e metálico, ficara à mostra. A calça, também preta, de náilon apresentava variados bolsos, coldres e alguns suportes para as facas, tal qual o cinto. Ele utilizava coturnos escuros e lustrosos, uma máscara preta que cobria metade da face e tinta ao redor dos olhos, destacando o lindo azul que coloria suas íris.

Moon recebera uma calça preta, com raios bordados em vermelho e laranja, insinuando as brasas de uma chama de fogo, um sobretudo de couro, que se abria nas laterais do corpo da mulher, deslizando-se até pouco antes dos tornozelos. O sobretudo não possuía mangas, contudo, ela pôs uma camiseta de malha, que cobria seus braços, em um vinho intenso, e coturnos pretos, iguais aos do soldado. Os cabelos se comportavam em tranças boxeadoras, escondidas pelo capuz do uniforme, e, assim como o parceiro, utilizava uma máscara, que continha bordas avermelhadas, além das luvas nas mãos.

— Segure em minha mão. — Moon, sem olhá-lo, ordenou. O homem, apesar de não receber ordens da feiticeira, seguiu o que fora pedido. A garota fechou os olhos, sendo dominada por colorações azuladas, que iluminavam os desenhos por toda a extensão da pele — Dulce magica, ut me ad locum quo necesse est esse be there. (Doce magia, leve-me ao lugar em que preciso estar) — Pediu ao poder do espaço. Seguido às palavras mágicas, Barnes sentira seu corpo flutuar por entre lugares que não conhecia e parecia estar em um vácuo breve, porém, logo se estabilizaram no centro do oceano glacial, equilibrando-se em uma parte congelada das águas.

— Merda. — O soldado murmurou, vendo que o gelo estava muito frágil e poderia quebrar-se com muita facilidade. A tarefa parecia muito fácil, exceto por terem que encontrar um cubo brilhoso no meio de águas empedradas. Parecia ser como tentar encontrar uma agulha no palheiro.

— Tem algum plano? — A mulher o observou, fria, de braços cruzados. O movimento aquático, logo abaixo de seus pés, parecia não fazer efeito algum sobre ela, que estava estática.

— O plano é pegar o Tesseract. — Respondeu, também com a voz seca, olhando para o horizonte alvo em sua frente. Moon revirou os olhos, o que ele havia dito era bastante óbvio, por ser o motivo principal ao qual foram jogados na manhã daquele dia.

— Sorte sua que eu fui enviada contigo. — Bufou, impaciente, e deu um leve sorriso debochado, que passou despercebido pelo moreno. Lynn uniu as mãos e apontou-as em direção ao oceano escuro. Desde que saira do brainwash, estava liberada para utilizar os poderes da forma que achasse ser necessário.