Capítulo 2

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- Eve, o que você me diz de sairmos daqui? - Villanelle fez o convite e aguardou ansiosamente pela resposta.

Ela sempre preferiu encontros casuais, uma mulher que conhecia em pubs ou festas, depois sexo e no dia seguinte cada uma seguia sua vida.

Ao entrar no pub naquela noite, Villanelle se permitiu tomar uma bebida antes de observar as pessoas ao seu redor. Ignorando completamente os homens, ela observou duas mulheres juntas rindo e conversando numa mesinha no centro, mas ela não estava afim de algo assim hoje. Viu uma mulher sentada sozinha aqui e outra ali, outra numa mesa lá no fundo.

Mas foi a mulher sentada no balcão, mexendo num notebook, que chamou sua atenção. Quem leva um notebook para um pub? ela se perguntou e achou graça disso. E aquele cabelo? Cachos rebeldes espalhados em toda direção. A postura da mulher exalava confiança, o jeito que ela segurava o copo, o jeito que ela ignorava a existência das pessoas ao seu redor e focava apenas naquele maldito notebook.

Villanelle ficou admirada em como ela estava imersa no seu próprio mundo, fazendo esforço nenhum para ser notada. Villanelle precisava, precisava não, desejava aquela atenção toda para ela. Não seria tão difícil assim, seja lá o que tivesse naquela tela, ela era muito mais interessante, muito mais agradável de se olhar, disso não tinha dúvidas.

Com isso em mente, ela terminou sua bebida e seguiu na direção do balcão.

Definitivamente, Villanelle não estava preparada para a mulher que era Eve Park.

Aquela energia que exalava poder, confiança e inteligência. A voz calma e profunda, o olhar que prende, e que estava totalmente focado nela agora. A risada contagiante e escandalosa, os olhos se fechando toda vez que ela ria. De repente, Villanelle se viu falando mais coisas engraçadas só para poder escutar aquela risada de novo.  Talvez ela não falou muito sobre o cabelo, mas era incrível. Maravilhoso. Uma verdadeira obra de arte. Villanelle só queria passar a mão, poder bagunçar mais ainda aqueles cachos.

Eve demonstrou estar interessada, o que de início impressionou, mas logo ficou claro o quanto era bem resolvida. Villanelle precisava sair dali. As coisas que desejava fazer não cabia naquele lugar tão movimentado, tinha que ir para um lugar mais íntimo. De preferência no seu apartamento, na sua cama, onde Eve quisesse e a deixasse.

Ao sussurrar seu convite no ouvido de Eve, Villanelle observou os pelos da nuca se arrepiando. Naquele momento ela já sabia que a resposta seria sim.

Sem desconectar os olhares, Eve fez uma leve carícia na sua bochecha, antes de se aproximar e a beijar.

Eve pressiona levemente os lábios contra os seus e coloca as mãos na sua nuca para aprofundar o beijo. Villanelle cede passagem e as línguas exploram deliciosamente cada canto da boca uma da outra.

Ela passa os braços firmemente ao redor de Eve para trazê-la mais perto, se ajeitando no banco para poder coloca-la no meio de suas pernas. Uma de suas mãos vai para a nuca de Eve, guiando o beijo.

Em algum momento elas separam as bocas para respirar, permanecendo com as testas coladas. Com um sorrisinho de lado, Villanelle aproveita para acariciar o rosto de Eve, passando o dedo sobre os lábios grossos e inchados.

Elas ainda estão respirando pesadamente quando Villanelle segura a nuca dela e a puxa para outro beijo. Ela sente Eve estremecer nos seus braços. Dessa vez elas se beijam sem pressa, lentamente, línguas ainda explorando, as bocas mordendo e puxando os lábios.

Eve passa as mãos pela gola do seu terno, as mãos estão dentro da sua camisa, acariciando sua clavícula, subindo e descendo pelo seu pescoço. O toque quente dela em sua pele causando sensações maravilhosas.

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