Villanelle acorda naquela manhã de domingo e, por um momento, se sente perdida. Mas logo as lembranças vêm e reconhece o ambiente. Ela está em Paris. Com Eve. Sua namorada.
Ela abre um sorriso e se ajeita na cama pra observar a mulher dormindo ao seu lado. Villanelle afasta os cabelos e distribui beijos pelo pescoço dela.
- Eve – Ela beija seu ombro e a mulher se mexe levemente – Acorda, amor – ela beija seu pescoço e sussurra no seu ouvido.
- Repete – Eve murmura sonolenta, sorrindo.
- Meu amor – Villanelle sussurra mais uma vez.
Eve segura seu rosto e beija delicadamente seus lábios.
- Bom dia, meu amor! – Eve murmura nos seus lábios e elas sorriem uma para a outra.
- Bom dia! – Villanelle desliza seu nariz no dela – você dormiu bem?
- Dormi muito bem. E tem como dormir mal nos seus braços?
- Realmente, não tem como – Villanelle finge estar pensativa – eu sou muito gostosa mesmo.
Eve solta uma risada alta e Villanelle a abraça pela cintura, rindo também.
- Eu dormi muito bem também. E eu só queria continuar abraçada aqui com você, mas tem tantos lugares que quero te mostrar antes da gente voltar.
- Ei, não se preocupe, a gente aproveita essa cama mais tarde – Eve fala inocente e Villanelle a olha safada – eu vou adorar conhecer Paris através dos seus olhos.
Villanelle a segura pelo queixo e a beija. Eve a abraça pelo pescoço e aprofunda o beijo, mas ela não segura seu riso quando a barriga da loira ronca alto.
- Temos um monstrinho para alimentar – Eve brinca e cutuca seu nariz com o dedo.
A loira morde seu dedo e dá de ombros, nem um pouco envergonhada, e se levanta puxando a mulher consigo.
- Você tem que ver o café da manhã desse hotel – Villanelle fala enquanto direciona Eve para o banheiro - Por favor, não se assuste.
- Me assustar com o café? – Eve vira de frente e a olha confusa.
- Não. Com o quanto eu vou comer.
Eve acha graça e fica na ponta dos pés para lhe beijar os lábios.
- Não me assusto com nada que venha de você.
*****
Como prometido, Villanelle levou Eve aos seus lugares favoritos em Paris. Começaram pelo Museu do Louvre, e como boa apreciadora da arte, Eve se encantou com as obras expostas e com a arquitetura do lugar.
Durante o trajeto para o Rio Sena, elas aproveitaram a caminhada para apreciar os jardins e a beleza daquelas ruas antigas. Pegaram um café num quiosque, tiraram várias fotos juntas, compraram lembrancinhas, porque Elena iria matar ela se não levasse nada de Paris, Eve disse rindo da amiga.
Intencionalmente, Vilanelle as levou a uma das margens do rio que ficava próximo a ponte dos cadeados, e Eve a puxou pela mão, muito curiosa em ver a tão famosa ponte.
- Eu sempre tive vontade de vir aqui – Eve para no meio da ponte e observa os cadeados por toda sua extensão – Tem a sua beleza, né? Todas essas histórias de amor aqui presente.
Villanelle não consegue desviar seus olhos da mulher a sua frente, maravilhosamente encantada pelo lugar, e não deixa de se sentir nervosa.
- Eu passava sempre por essa ponte – Villanelle fala, desviando os olhos, e Eve volta sua atenção para ela – Cortava caminho pelos casais animados com seus cadeados, e pensava "Qual o ponto disso tudo? As pessoas acreditam em cada besteira por causa de amor, depositam suas esperanças num simples cadeado". Eu costumava passar aqui só pra rir deles.
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It Happened
FanfictionDivorciada aos 41 anos, Eve não estava à procura de um novo relacionamento. Na verdade, sua vida profissional era tudo o que a interessava no momento. Villanelle, adepta aos encontros casuais, nunca esteve em um relacionamento sério com alguém. Com...