Capítulo 3- Seis anos antes

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Seis anos antes

Jackson

Não sei o porquê mas sinto-me desconfortável, sei que a conheço de algum lugar. Ela faz- me lembrar a...

- Esta realmente muito bom!

- Infelizmente só sei fazer este prato - riu.

- Posso ligar a TV?

- Claro, nem precisas perguntar.

- Hum.

Quando ligou a TV estava a passar um programa no qual fazia parte.

- Má ideia.

- Porquê?

- Já me chega ter que viver contigo, não preciso de ter que te ver em todo o lado – ela riu-se de uma maneira que me fez recordar daquele sorriso...

- Eu compreendo, é melhor em carne e osso.

- Pois, claro- revirou os olhos.

- Admite, dizes que não, mas lá no fundo tu até me achas talentoso. – Aproximei-me.

- Nunca disse que não achava, a única coisa que não gosto é das tuas mentiras.

- Mentiras? - Voltei ao meu lugar.

- Esquece.

- Não, agora vais explicar-me, que conversa é essa de mentiras?

- Fechou os olhos e abriu a boca- Que sono, bem vou-me deitar, boa noite - saiu dali a correr.

~

Lalisa

Fui despertando lentamente e rodando pela cama.

- Meu deus, que sonho tão estranho. Até parece que foi real. Viver com o Jackson, sim claro- pensei em voz alta.

-Na verdade pode parecer um sonho mas não é. Bom dia!

- Ah! - Cai da cama e cobri me rapidamente com o lençol.

- Desatou a rir - Calma sou só eu, o teu querido maninho. Não te preocupes que não há nada para ver- diz encostado a porta.

Estava vestida com um pijama bem básico, o problema é que durante a noite tinha calor e tirei a blusa.

– Que fazes aqui tão cedo?! Acho que não devias entrar assim no meu quarto, visto que uma das regras é não entrar no teu sem permissão.

- Pronto, pronto tens razão. Só te vim informar que vou ter que sair para uma entrevista, e a seguir venho-te buscar para iremos almoçar.

- E o que te leva a pensar que iria querer almoçar contigo?

- Talvez o contrato que fizeste.

- Como assim?

- Faz parte desta brincadeira de maninhos. Temos que ir a um restaurante famoso para sermos vistos, por isso, preparar-te para seres conhecida. – Virou-se para se ir embora, mas voltou - Só mais uma coisinha, leva uma roupa apropriada.

- Levo o que quiser! - Mandei uma almofada.

Jackson

Não me sai da cabeça o facto de a conhecer de algum lugar, este sentimento esta me a deixar inquieto.

Passado duas horas consegui ver me livre daquela entrevista que nunca mais chegava ao fim.

– Jiwoo, voltei!- gritei assim que entrei em casa.

Um piano, dois coraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora