Um piano, dois corações

Capítulo 15- Dia-D

Dia-D

Chamada on

- Estas onde?

- Na porta que me disseste. Estão dois homens na sua frente.

- Diz que me conheces e que tens permissão para entrar.

- Sim Lisa, as coisas são mesmo fáceis como dizes, claramente que não me vão deixar entrar.

- Tenta na mesma.

- Ok, não desligues.

- Boa noite- fez cara fofa.

- A entrada é no outro lado.- responderam firmemente.

- Ah, ah, ah, eu sei, mas eu vim como convidada da li, quer dizer Jiwoo.

- Tu e mais umas cem que já cá estiveram.

- Eu não disse? Vem me buscar.

Chamada off

- Ah, ah ,ah eu já estava do outro lado da porta, só queria ver-te a falar com estes dois amigos.- responde enquanto abro a porta.

- Quem engraçada.

-Eu sei.

~

É muito engraçado provocar a Jiwoo, ainda bem que ela conseguiu vir. Não sei se conseguiria aguentar a pressão sem ela. O maior desafio é o Jackson não a apanhar aqui.

Caminhamos rapidamente pelos corredores até ao meu camarim, rezando para que ninguém viesse no nosso encontro.

-Como estão as coisas com o Jackson?

-Para se sincera, estranhas.

-Estranhas?

-Sim, ultimamente está sempre a dizer que esta vai ser a melhor noite da minha vida, pelo menos é o que dá a entender.

-Nisso até pode ter razão, finalmente vais mostrar ao mundo do que és capaz.

- É verdade, já viste, onde estava e onde estou.

Enquanto estávamos a conversar, alguém bate a porta.

-Posso?

-Sim. - respondi.

A porta abre-se lentamente e quando o rapaz entra, a Jiwoo levanta-se como um foguete.

Fiquei sem entender, mas pela cara do rapaz, consegui perceber que também se encontrava tão espantado quanto a Jiwoo.

Jiwoo

Devo estar a sonhar, ou então, a água que bebi tinha alguma coisa para estar a alucinar desta maneira.

Fiquei tão surpreendida que levantei-me do sofá num piscar de olhos, permaneci a encara-lo como o mesmo me fazia. Ficamos em silêncio até a Lisa o quebrar:

-Passa-se aqui alguma coisa?

Atenção do rapaz é desviada totalmente para a Lisa.

-Peço desculpa, pensei que este fosse o camarim do Jackson.

-O dele é o que esta mesmo em frente ao meu, com uma placa mesmo ao lado com os nomes. - Sorriu.

-Obrigado, estava tão distraído que nem reparei. - Sorriu de volta.

As memórias eram tantas que não contive as lágrimas.

Porque me esta a ignorar? Não estou a entender? Encontramo-nos assim e não vai realmente dizer nada?