Novamente estávamos sendo seguidos, que saco! Isso não acabava mais!
Depois de mais alguns metros, o homem se pronunciou:
- Ok garota, deslise pra cá. - indicou para mim ir para o outro lado dele.
Fui e como não tinha espaço acabei ficando em seu colo - putz, que vergonha - pensei.
- No três nós saltamos, entendeu?
- O que? Não! - retruquei
Mas ele abre a porta, falando três. E assim, somos arremessados do caminhão, que bate e explode.
Me levanto, enquanto o bruto se levanta cambaleando. O ajudo, me oferecendo como apoio.
Anoitecendo, fomos até uma empresa eu acho, era um lugar enorme e cheio de máquinas estranhas. Entramos em uma cabine e fechei a porta.
O bruto tirou seu colete, está muito machucado. Encontro um bebedouro, pego um pouco de água, bebo, pego mais água e ofereço pro homem, que me encara alguns segundos antes de pegar o copo e beber o líquido todo. Nem um obrigada me disse, que homem mau educado - pensei.
- Pode me ajudar? - ele pediu enquanto tentava enfaixar seus curativos. Fui até ele e me abaixei ficando na altura do machucado no braço.
- Segure aqui e faça voltas aqui. - olhei pra ele e revirei os olhos.
- O que foi? - ele perguntou curioso.
- Acha que sou tão tapada a ponto de não saber fazer um curativo?
Ele somente riu baixo. Assim que terminei ele pega o celular e liga pra alguém.
Ouvi a conversa, mas a parte que mais me chamou atenção foi:
"Ache meu dinheiro, Nik.", como sempre, estou sendo o objeto de alguém. Se eu morresse aqui? O brutamondes ficaria sem um tostão. Meus olhos enchem de lágrimas. A única pessoa que mostrou me amar verdadeiramente foi o tio Saju, quer dizer, eu acho que me amava né? Ou amava ser sustentado pelo dinheiro que meu pai deixou...
- Vai me deixar aqui? - perguntei.
Ele pensou por alguns segundos antes de responder.
- Não, só serei pago com você.
- Então eu sou o pacote... - disse pra mim mesma.
- Isso mesmo, você é - ele respondeu.
- Não sei porque pensei que poderia ser diferente. Você e meu pai me vêem da mesma forma. Mais um negócio do que uma pessoa. - disse me encolhendo no sofá.
Reparei que ele me encarou por algum tempo, logo disse:
- Não falei nesse sentido.
Após alguns minutos comecei a mexer com os dedos como se estivesse tocando piano,ah, que saudade de casa!
- O que está fazendo? - o brutamondes perguntou.
O olhei por alguns segundos e respondi: - Toco piano quando estou triste e nervosa. Tenho feito bastante isso. Estou sempre triste. Meu pai odeia que eu toque. Mas, passei 25 anos da minha vida indo da escola pra casa, não tinha muito o que fazer. Até que ao me ver afundando na minha tristeza tio Saju contratou uma professora e me deu um piano de presente de aniversário. Difícil acreditar que ele possa me fazer mal... foi o único que me deu atenção e carinho esses anos todos. - desabafei.
Ele só ouviu atentamente o que falei, mas não falou nada.
Peguei no sono no sofá, mas logo fui acordada com o homem dizendo que precisávamos ir.
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⚜️ O Resgate de Malia Thompson ⚜️
Fanfiction- Vai me deixar aqui? - perguntei. - Não, só serei pago com você. - Então eu sou o pacote... - Isso mesmo, você é - ele respondeu. - Não sei porque pensei que poderia ser diferente. Você e meu pai me vêem da mesma forma. Mais um negócio do que uma p...