Capítulo 8

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Manu deixou as duas mulheres a sós pois sabia que aquela conversa elas precisavam ficar sozinhas, era incrível como todas as vezes que algo estava encaminhando para o bem na vida da amiga e chefe, tinha que acontecer alguma coisa pra atrasar. A produtora estava pedindo aos céus que a empresária entendesse o lado de Gizelly e que nada estragasse aquele dia que era de comemoração.

Manu foi para o interfone que tinha na cozinha e ligou para a portaria.

- Olá Dona Gizelly. - o porteiro atendeu.

- Marcos é a Manu. 

- Opa Dona Manu, o que a senhora deseja? 

- Eu vou mandar uma foto aí pra portaria pra impedir a entrada de uma pessoa, eu queria que o senhor passasse também pra portaria do fundo, essa pessoa não pode entrar aqui de jeito nenhum. - Manu falava explicando ao porteiro.

- Me desculpe pelo acontecido Dona Manu, eu não estava na portaria na hora. Mas pode enviar pro e-mail daqui que irei passar o comunicado para todos.

- Certo Marcos, mandarei agora. Muito Obrigada.

- Me desculpe mais uma vez e dê meus parabéns pra Dona Gizelly e um pedido de desculpas também. - o porteiro disse com pesar.

- Pode ficar despreocupado Marcos, só evite que isso aconteça novamente. - Manu disse e logo se despediu do homem.

A sorte  foi que nenhum dos convidados presentes presenciaram a cena na frente da casa e Manu agradeceu aos céus por isso. Ela saiu da cozinha e foi em direção ao jardim, pegou o microfone e comunicou a todos que Gizelly já iria voltar pra festa, que estaria resolvendo algo sobre uma das escolas de música dela e todos assentiram.

- Uma ótima desculpa Manoela Gavassi. - a baixinha disse descendo de um pequeno palco que tinha ali.

- Está tudo bem Manu? - Mari chegou perto da baixinha.

- Desde que a gente não ouça gritos de lá de dentro, tudo vai ficar bem. 

- Então vamos beber porque você me parece tensa. - Mari disse puxando a produtora pela mão.

- Eu estou precisando de uma bebida mesmo. - a baixinha respondeu sorrindo.


Enquanto isso dentro da casa

Marcela observava o a aflição de sua namorada que até agora não tinha conseguido dá uma palavra sobre o ocorrido.

- Iai, vamos ficar aqui até que horas? - Marcela perguntou um pouco irritada.

- Calma. - Gizelly disse tentando formular o que iria falar.

- Não tem como você me pedir calma, quando eu chego em sua festa e vejo uma mulher dizendo que te ama. - Marcela respondeu ríspida.

- Podemos subir pro quarto? - a pianista perguntou.

- Podemos. - Marcela respondeu suspirando.

Quando as duas mulheres chegaram no quarto, Gizelly foi em direção ao banheiro lavar seu rosto, quando saiu do banheiro encontrou sua namorada sentada na cama ainda com os braços cruzados, suspirou e sentou ao lado dela que te olhava com um ponto de interrogação. A pianista decidiu contar absolutamente tudo e até detalhes que nunca tinha contado a ninguém, ela achou que a namorada merecia e devia saber de tudo.

A cada coisa que Gizelly contava a loira se assustava com os detalhes e começou a entender o que tinha presenciado minutos antes.

- Mas essa mulher é uma louca. - Marcela disse chocada.

- Quando uma amiga minha contou a Manu que ela estava na cidade, meu coração veio na boca, porque eu sabia que ela poderia aparecer justamente no dia de hoje. - a pianista disse suspirando.

- Mas esse condomínio é muito irresponsável, como é que deixa entrar uma pessoa assim sem antes interfonar pra cá. - a loira falava indignada.

- Eu não sei como ela conseguiu entrar, provavelmente conhece alguém que more aqui que liberou a entrada dela, eu não queria que você presenciasse nada disso, mas quando eu te vi me olhando daquele jeito, só pensei que estava encrencada. 

- Mas como é que você queria que eu reagisse? Eu chego no aniversário de minha então namorada e vejo outra mulher dizendo que a ama. Não teria como reagir diferente.

- Amor ela é uma louca, já tem dois anos que não tinha visto mais ela. - Gizelly explicou.

- Ela pode ser louca Gizelly, mas você acha que vai ficar por isso mesmo? Essa mulher vai te perseguir até ter o que quer. - Marcela disse levantando da cama.

- Mas ela não vai ter Ma, eu estou com você. - a pianista levantou chegando perto da namorada.

- A vida é muito filha da puta comigo, quando penso que está tudo bem acontece uma merda dessas. - a loira disse colocando as mãos na cabeça.

- Não deixa isso estragar nosso dia por favor, só isso que eu te peço. Nem que eu tenha que colocar um segurança na minha cola, mas ela não vai chegar perto de mim. - a pianista disse descruzando os braços da namorada.

- Eu não vou deixar e hoje é seu aniversário. - a loira disse segurando a cintura da pianista.

Elas começaram a se beijar até que Marcela foi andando agarrada com Gizelly até a cama, a loira sentou e colocou a pianista sentada no seu colo, quando as coisas estavam esquentando o pequeno Matteo apareceu no quarto.

- Mama! Tia Gi! Ops, o que as senhoras estão fazendo? - o menino perguntou com as mãos nos olhos.

- Nada filho, o que você veio fazer aqui? - a loira respondeu abraçando o corpo da pianista que acabou escondendo o rosto no pescoço dela.

- A tia Manu mandou chamar vocês duas. - o menino disse ainda com os olhos tapados.

- Pode tirar as mãos dos olhos Matteo. - Gizelly disse já em pé.

- As senhoras estavam demorando. - o menino disse com a mão na cintura.

- Esse menino é seu filho mesmo. - Gizelly disse rindo pois o menino era a cópia fiel da namorada.

- Já vamos meu amor. - Marcela disse indo em direção ao filho e carregando o mesmo.

- Só vou retocar a maquiagem e já desço. - Gizelly falou entrando no banheiro.

Marcela desceu com o pequeno e assim que chegou no jardim foi abordada por Manu.

- Iai? - a baixinha perguntou.

- Está tudo bem. - respondeu para a mesma.

- OH GLÓRIA! - a baixinha exclamou arrancando risos da loira.

Gizelly apareceu no jardim e subiu no pequeno palco e pegou o microfone.

- Gente me desculpem pela demora, mas agora eu já estou aqui e vamos agitar essa festa que tô achando que está parada demais. - a pianista disse e todos os presentes gritaram.



Até o próximo capítulo!

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