(4) Ardiloso

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comentem e boa leitura!

[...]

Draco era um desenhista excelente, mas este era um talento seu que nem seus pais imaginavam existir. Não considerava algo relevante, era um bruxo, o que importava era o que sabia fazer com a varinha e não com as penas.

Mas possuía orgulho do seu talento, usava disso para relaxar nos momentos estressantes, como uma fuga da realidade. Acalmava seus momentos ansiosos e o fazia esquecer que alguns andares abaixo havia um maníaco torturando pessoas inocentes por prazer.

É, Draco não era totalmente ruim, não era cego, enxergava as coisas erradas e sabia que contribuir com elas era incorreto. Mas ele nunca teve opção. Nisso, ele e Potter eram iguais. Não tiveram a chance de escolher um lado, foram doutrinados por pessoas mais velhas e forçados a seguir o que as mesmas desejavam e consideravam correto.

Alguém já havia perguntado se ele queria aquela marca negra? Aquela maldita que fez seu braço arder por dias com a sensação de que cairia a qualquer momento. A resposta era não.

Bellatrix contava a ele que aguentou a dor com orgulho, satisfeita. Mas Draco queria amputar seu braço e queimar o membro até que virasse pó diante dos seus olhos.

As vezes se questionava se havia doído tanto porque não queria tê-la recebido ou se era a mesma sensação para todos.

Achava bonito tatuagens, mas não aquela. Possuía um dragão negro tatuado no outro braço, essa gostava, mas ninguém além dele sabia sobre. Tatuagens eram trouxas e ele era um bruxo puro sangue. Aquela marca era a única coisa rebelde que fez sem o consentimento dos pais, em um momento de agonia e incertezas para ele.

- Uau, ficou muito bom! - Hermione deixou escapar, olhando o desenho concluído da Malfoy Manor.

- Cacete! - Sirius sussurrou.

- Obrigado. - agradeceu, meio incerto se estava recebendo elogios, enrolou a cartolina, largando na mão de Remus.

O ex-maroto colou a cartolina contra a árvore genealógica, cobrindo algumas pessoas.

- Vou deixar exposta aqui, quanto mais vermos ela, mais fácil nos acostumaremos com sua arquitetura. - explicou.

- E quando colocaremos o plano em prática? - Harry questionou, encolhido de frio em uma poltrona ao lado da lareira. Ele deveria usar roupas mais quentes, Malfoy observou.

- Quando o plano estiver pronto, até lá treinem sem chamar atenção.

- O diadema ainda está em Hogwarts. - Ronald abraçava Hermione, que concordou, apoiando o rosto contra o ombro do namorado.

- Eu cuidarei disso, as aulas começam em dois dias, pretendo achá-lo logo. - Snape assegurou. Draco arregalou os olhos. Em que dia estavam?

- À partir do momento em que destruirei o diadema vou precisar me afastar da Ordem por um certo período, o Lord vai saber que há um traidor em Hogwarts e todos irão se tornar alvos. Até os alunos. - completou. - Vou precisar estar presente lá para assegurar a segurança dos mesmos.

- Comensais não investigam, eles acusam e matam. - Draco completou. - Se algum deles odiar algum aluno, vai fazer de tudo para acabar com ele.

Harry ergueu a sobrancelha na direção de Snape. - Que bom que eu já saí da escola então.

- O plano inicial é criarmos uma distração na qual Você-Sabe-Quem enviará comensais, esvaziando um pouco a mansão, e nós nos espalharemos e lutaremos nos dois lugares. - Lupin explicou, antes que Severus e Potter iniciassem uma briga.

be a veela is not easyOnde histórias criam vida. Descubra agora