(11) A morte chega para todos

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o título foi escolhido pelo bostanauro

[...]

Severus admitia estar temeroso, estava no meio do campo de guerra e queria evitar que aquelas crianças inocentes estivessem lá também.

Os nascidos trouxas que estavam em Hogwarts, sem que os pais pudessem entender o porquê proibi-los de estar ali, sofriam nas mãos dos comensais e dos alunos sangue-puro. Os mestiços pareciam não existir, e concordava, em seus anos de experiência com o bullying, que era melhor fingir não estar ali do que se fazer notável.

Suspirou, assistindo as crianças, já não-tão encantadas com a escola, saírem do castelo em direção ao vilarejo em pequenos grupos de amigos.

Era a hora, quando os irmãos Carrow bateram m sua porta, avisando que iriam "supervisionar" o passeio.

Severus os esperou sair, e lançou seu dolorido patrono, para avisar a Ordem.

Aproveitou os corredores vazios, correndo em direção à torre de Minerva.

- Abra a porta! - ordenou, batendo contra a pintura de um gato. McGonagall abriu sisuda, com um vinco entre a testa. - Proteja os alunos. - disse somente, a mulher assentiu, entendendo o recado.

Sabia de que lado Severus estava, mesmo que fosse perigoso tantos saberem, ainda assim, eram somente pessoas confiáveis.

- Boa sorte. - desejou alto, assistindo ele sumir na curva do corredor.

[...]

Horas atrás n'Toca.

Draco não queria conversar com ninguém depois de ouvir que Harry morreria para que Voldemort pudesse morrer.

Iria perder o amor de sua vida em poucas horas e não sabia como lidar com isso. Granger havia chorado em sua frente, fazendo com que sentisse uma enorme vontade de abracá-la e dizer que estava sentindo o mesmo.

Mas Draco não chorava, ele não conseguia.

Estava na sala, somente ele e o Sr. Weasley, que encarava a lareira pensativo. Seus filhos mais velhos haviam chegado pela tarde, o homem devia estar pensando "É a última vez que vejo minha casa com todos os meus filhos". A morte de Harry era certa, mas a dos outros era uma possibilidade.

- Sua mãe vai lutar? - o ruivo o questionou, sem encará-lo.

- Ela e Andrômeda vão, querem proteger os filhos. - Como se ele e Ninfadora precisassem de proteção.

- Como se você e Tonks precisassem de proteção. - Arthur transmitiu seu pensamento e Draco soprou um sorriso pelo nariz.

- Ter minha mãe como escudo é significar que Bellatrix não vai atacar, ela é a pessoa que a maluca mais ama depois de você-sabe-quem.

- Na escola elas sempre foram muito próximas.

O silêncio voltou a reinar, Luna entrou na sala e sentou-se em frente ao sofá de Draco, encarando ele.

- Eu sinto muito, Malfoy, nem sei o que eu faria se algum deles morresse. - as palavras da loira fizeram com que ele arregalasse os olhos, não surpreso, mas exposto como nunca antes. Lovegood sempre parecia saber sobre tudo, assim como Granger.

- Obrigado. - não sabia como responder, em troca recebeu um sorriso dela.

- Se quiser, pode chorar comigo depois.

- Obrigado, vou sim. - gargalhou baixo, talvez por conta do desespero. Merlin... Estava ficando desequilibrado.

Harry usava um blusão vermelho com sua inicial em dourado no centro, apertava uma mãozinha contra a outra, encarando Malfoy através dos óculos. Indicou com um aceno a porta, saindo pela mesma em seguida, o loiro foi atrás, mãos nos bolsos e ombros baixos.

be a veela is not easyOnde histórias criam vida. Descubra agora