Hermione sentia Ronald deslizar o sabonete pelas suas costas, descendo para a curva da bunda enquanto beijos eram depositados em seus ombros. Diferente do que parecia, aquilo era apenas uma troca comum de carinho entre eles, amavam tomar banhos juntos e os tomavam sem segundas intenções, aproveitando a intimidade que tinham.
- Você também está achando o Malfoy mudado? - Ronald começou.
- Sim, ele me pediu até desculpas.
- Acha que ele estava sendo falso?
- Não, eu conheço o olhar de sofrimento, todos nós aqui o temos ou já tivemos, e esse olhar é constante em Draco. Ele está quebrado e isso o mudou, não consigo mais o ver como aquele garoto insuportável que eu soquei no rosto.
- Talvez porque ele não seja. - contornou o corpo magro dela com os braços, apertando-a contra si. Hermione era seu tudo, era impossível demonstrar o quanto tinha medo de perdê-la.
- Acha que devemos dar uma chance a ele?
- Aos poucos sim, tenho no meu consciente que ele não é mais o Malfoy de onze anos, mas ainda o vejo assim.
- Não se esqueça que o Ron de onze anos me fez chorar no banheiro e um trasgo quase me matou. Pessoas mudam.
- Você está certa, Mi.
[...]
Harry acordou assustado com o movimento que Draco fazia na cama, ele mexia-se agitado e murmurava palavras desconexas.
- Draco, hey! - chamou pelo maior, que continuou dormindo. Tocou-o então no ombro.
Com uma agilidade que somente um guerreiro experiente teria, Draco os virou na cama, com as mãos no pescoço do outro. Harry desesperou-se, tentando afastar o loiro, que ainda dormia, mas o atacava sonâmbulo.
Estava quase sem ar, doeria fazer aquilo, mas era necessário. Com um feitiço não verbal empurrou Draco para longe, que caiu no chão assustado, levantando-se cambaleante.
Harry arfava com as mãos no pescoço.
- Merlin! - exclamou, apoiado na parede. - E-Eu te machuquei? - mesmo no escuro, o fogo alto da lareira iluminava as marcas na pele do menor. - O que eu fiz? - questionou com os olhos arregalados.
- Está tudo bem. - tratou de acalmá-lo.
- Me desculpe, eu não queria...
- Eu entendo, todos nós temos fantasmas, eu realmente entendo.
- N-Não, Potter. Os nossos fantasmas são diferentes, eu sou o meu fantasma e não tem como eu me livrar de mim mesmo sem morrer. Olha o que eu fiz a você! Eu sempre fui cruel para orgulhar meu pai e ele sempre foi horrível comigo, mas você é bom! Você é bom e eu continuo te ferindo por causa dele! - cobriu os olhos, Harry avançou dois passos.
- E-Eu... Eu também fui ruim com você algumas vezes, dei o troco, e está tudo bem. Éramos crianças, já passou. - tentou acalmar o loiro nervoso, céus, Draco estava mesmo surtado.
- Não passou! Eu quase matei você há menos de cinco minutos!
- Eu sei que não é fácil, mas ninguém tem vida fácil, você deve superar. Parece tão simples dizer isso, eu sei que não é, porém é a única coisa que cabe a nós fazer. Eu posso te ajudar.
- Você tem mais problemas que eu, Potter, cuide dos seus. - recolheu seu travesseiro e sua coberta na cama. - Vou voltar para o sofá, não quero acabar com a única chance da humanidade de ter salvação.
- Por favor, não jogue nosso avanço no lixo. - pediu. - Já estávamos nos tratando por nome próprios, não deixe que o "Potter" volte.
Draco suspirou cansado. - Me desculpe novamente... Por tudo.
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be a veela is not easy
FanfictionDraco está sendo caçado por Voldemort após o mesmo descobrir o verdadeiro sangue que corre pelas veias dos Malfoy. A Ordem da Fenix o acolhe, com a promessa do mesmo contar a eles tudo o que sabe contra Voldemort. Seu novo lar é a Toca, local que j...