Save me Siyoon/Heyna

Chapter three: the best trio ever

Sina Deinert Pov

Deixo a menina em casa. Menina estranha, não vou mentir. Ela falou coisas sem sentido nenhum, e eu não acreditei muito na história de não ter comido, já vi minha irmã ter crises de ansiedade, chorando, tremendo, sem ar com os olhos arregalados. Essa menina teve praticamente a mesma coisa, menina não Sina! Onde está seus modos? Mas também qual a porra do nome dela? Eu e meu problema de memória. Onde eu tava mesmo? Ah, sua crise. Claramente não foi somente uma tontura, ela não largava meu corpo de jeito nenhum, e seus olhos abertos, parecia um cadáver. Não sou psicóloga pra falar nada sobre isso, mas a maneira que aquela menina reagiu...nem parecia uma crise de ansiedade.

— Sina!-Sara, minha irmã mais velha me grita assim que chego em casa, me acordando de meus pensamentos. Desligo o carro, tirando a chave do mesmo—Finalmente você chegou, onde estava?

— Na escola-respondo, saindo do carro e indo em direção a casa—Tive um probleminha pra resolver-sorrio cínica. Sara tinha duas caixas na mão saindo de casa. Pra quê essas caixas? Ela me olha com um olhar desconfiado

— Estava com alguma menina?-ela pergunta e tento entender sua pergunta. Oh Não! Ela não quis dizer isso, não dessa maneira...ou quis?

— Não!-respondo imediatamente—Eu já te disse que tenho uma namorada e amo ela. Só ela-repito pra ver se entra na cabeça dela. Angel mora longe e Sara insiste que relacionamento a distância dessa maneira não dá certo

— Sei-ela fala e reviro os olhos. Entro em casa e escuto Sara colocar as caixas na porta pelo lado de fora, logo entrando também. Vai começar—Eu só tô dizendo que... você é bonita, Sina Maria, e está se prendendo a um relacionamento que tá te prejudicando

— Para com isso, Sara!-a repreendo, fechando a cara—Eu já disse, eu amo Angel. Confio nela, sei que ela não me chifraria, e estou ciente que jamais a traíria com ninguém, aliás nenhuma mulher nessa cidade chega nem no dedo mindinho dela-falo simples, porém com a expressão irritada

— Tá...não irei entrar nessa discussão de novo. Só acho que seria mais fácil namorar alguém próximo-ela diz e joga os ombros, indo pra cozinha

— Você disse que não ia entrar nessa discussão-digo e reviro os olhos.—Para com isso, okay? Eu a amo, distância não significa nada pra mim, nem pra ela. Ela também me ama.

— Pare de colocar palavras na boca dos outros, isso você tem que fazer com sua língua-ela diz e bebe água, rio da cara dela. Jesus quando que minha irmã virou essa pessoa?—To falando sério, ela já disse isso?-olho pra ela confusa. Eu falei que tenho problemas de memória—Que te ama-ela diz óbvia

— Oh...-penso um pouco. Ela disse? Também não dá de saber, eu já disse que tenho problema de memória, eu saber que o nome dela é Angel já é muito. Faço uma careta e olho pra Sara que fazia uma cara de "eu tô ou não tô certa?"—Vai cuidar da sua vida loira-digo e me jogo no sofá

— Tá tá tá-ela faz sinal de redenção e vai fazer alguma coisa na cozinha

— Sara-chamo e ela murmurra "hum?"—Pra que as caixas?-aponto pra fora e ela se vira pra olhar

— Oh! Eu esqueci de te avisar, senhor  Deinert ligou-ela diz e pega um morango e da uma mordida. O que as caixas tem a ver com meu pai? Oh não, eles estão vindo? Olho pra ela confusa—Ele disse que em uns meses, Sofya vai vir morar com a gente-Sofya é nossa irmã mais nova, ela tem dezesseis, quase dezessete anos. Ela já morou com a gente no ano passado, mas foi temporário, pode se dizer que ela passou uma chuva aqui, foram só seis meses. Concordei com a cabeça

— Um mês? E eles vão vir quando?-pergunto

—Sofya disse que tinha uma grande surpresa pra contar,e que precisávamos deixar o quarto dela menos infantil, pra dar boas aparências de adolescente-Rio. Quando Sofya veio pra cá ela tinha catorze anos, e ainda era muito criança. Sim, com catorze anos! Eu falo pouco com minha irmã, mas não acho que ela tenha mudado tanto. Aliás, pra que ela quer que mude o quarto dela? Pra dar boas aparências...pra quem?