Heyoon Jeong May Pov
A semana se passou mais devagar impossível. Hina conversou comigo dias depois da confusão. Confesso que, ela me deixou bastante surpresa. Quero dizer, eu ouvi ela gritando no banheiro que queria Sina longe de nós duas, então ela vir dizendo que quer que sejamos amigas é surpreendente, bastante na verdade. Eu pensei no que ela disse, talvez eu devesse conversar com Sina, ou pelo menos pedir desculpas por ter gritado com ela. Merda, eu não quero fazer isso, eu sei que não estava certa, sabia na hora, sei agora. Mas falar isso pra Sina pode significar que a quero por perto, eu não quero, eu não a quero se metendo em minha vida. Mas eu realmente deveria fazer algo sobre o que eu falei pra ela, afinal durante anos eu esperei alguém para me salvar, ou ao menos tentar me ajudar, agora talvez eu tenha, e eu gritei com ela. Argh! Eu devo ser muito idiota!
Olho o teto branco do meu quarto e fecho os olhos pra organizar os pensamentos por alguns minutos. Um alto barulho do quarto de Bailey fez com que eu me levantar da minha cama. Ando em passos lentos até o quarto do garoto, a porta dele estava meio aberta, me encosto na mesma e analiso o mesmo que estava batendo em um abajur de seu quarto quase quebrando o mesmo. Arregalo os olhos e fico surpresa sem entender o motivo dele estar batendo ali. Me afasto e faço um caminho silêncioso de volta a meu quarto, me sento na minha penteadeira e jogo os cabelos pra trás. Suspiro, olhando a janela do meu quarto vendo as luzes da cidade se apagarem.
— Mais um dia que acabou-digo e ando até minha cama, me deito na mesma e fecho a janela.
Escutei mais barulhos do quarto de Bailey, alguns vinham do quarto dos gêmeos, provavelmente eles estariam brincando, ou fugindo da mamãe para não dormir. O outro quarto do lado do meu, o de Hina, estava em silêncio total. Depois de um tempo as luzes se apagaram e o barulho no quarto de Bailey cessou, fechei os olhos por alguns segundos e deixei minha respiração se acalmar. Barulhos me deixam aflita, é como se eu estivesse entrando em diversas crises de ansiedade cada vez que um grande barulho perfura meu ouvido. Eu não sei exatamente o que isso significa, mas eu não gosto nem um pouco
Olho pras minhas mãos que tinham as dobras das unhas num tom avermelhado pelo sangue da minha pele. Fico olhando elas por um tempo até decidir que não ficaria parada ali. Me levanto, calço meus chinelos e vou andando silenciosamente até o quarto do meu irmão novamente. Eu precisava ver como ele estava, estava com medo que ele pudesse ter se auto-machucado.
Abro a porta com cuidado e encontro Bailey deitado no chão, seu corpo estava todo desajustado em cima do tapete no chão de seu quarto. Acho que fiquei uns cinco minutos analisando meu irmão parado ali até começar a me preocupar se ele estava bem ou não. Me aproximei dele com cuidado e toquei seu ombro, ele estava imóvel o que me assustava. Cutuco ele, não sinto ele se mexer e começo a me desesperar. Me levanto e vou até a cozinha, pego um álcool, um algodão e volto pra o quarto dele, umideço o algodão com álcool e passo perto do seu nariz. O moreno faz uma careta se mexendo e logo se levanta me encarando
— Heyoon?-ele pergunta com a voz rouca, seus olhos estavam vermelhos e seu punho estava ensanguentado—O que está fazendo aqui?-ele olha pro chão e depois pra mim
— Você estava desmaiado, eu só quis ajudar-comento e pego outra bola de algodão e passo no seu punho
—Aouch! Heyoon!-ele geme baixo
— Não tá tão ruim-termino de limpar e me afasto dele—Tente não quebrar seu abajur de novo-aconselho. Queria perguntar o que ele tinha, mas sabia que ele não iria me responder, então deixei quieto, o mais importante eu já fiz
— Obrigado, agora sai do meu quarto-ele ordena e olha pro punho. Fico parada o observando por alguns minutos, mil coisas passavam na minha mente, procurava o motivo pra ele ter... desmaiado.—Sai! Agora!-ele repete num tom mais alto que me faz dar um pulo
VOCÊ ESTÁ LENDO
Save me Siyoon/Heyna
RomanceOnde Heyoon Jeong May, tem diversos problemas psicológicos; ansiedade, depressão, baixo autoestima anorexia. E tem pais machistas e homofóbicos. Ou onde Sina termina um relacionamento que ela não sabia que era abusivo após ajudar uma desconhecida n...