Não se segure

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Em pensar que um dia eu me apaixonaria pelo vilão da história, que na verdade não é tão malvado assim...

 Era uma noite de sexta-feira quando dois caras musculosos me arrastaram para um beco sem saída, sem nenhuma luz, eu não conseguia enxergar nada, só sentia eles tentando tirar minha roupa enquanto eu gritava e me debatia, com a esperança de me soltar. De repente vejo um fogo azul indo na minha direção, o fogo fez uma linha, dividindo eu dos dois caras, o que não ficaram nada contentes. O manuseador do fogo era Dabi, seus olhos refletiam pura fúria.

- O que os idiotas estão fazendo? 

- O único idiota que eu vejo aqui é você, se metendo onde não é chamado. - Fala um dos que tentava tirar minha blusa. Um loiro de olhos verdes.

- Saí daqui cara, temos assuntos mais interessantes do que discutir com você. - Fala o outro, um ruivo, olhando pra mim como um caçador prestes a pegar sua presa.

- Sabe, eu não estou muito no modo gentil hoje. - Fala Dabi, emanando fogo pelo seu corpo, cada vez mais intenso a cada passo. - Mas por causa dessa linda moça, eu vou ser bonzinho e lhe dar cinco segundos. 

O loiro e o ruivo se entreolham, depois olham para o fogo, para mim e para o Dabi.

- Um...Dois...

- Somos dois contra um cara, esse foguinho não me assusta. - Fala o ruivo que antes me encarava.

- Três...Quatro... - O fogo, agora está bem alto, como uma fogueira.

- Corre, só corre. - Fala o loiro, o mais sensato, enquanto empurrava o outro.

- Cinco. - Dabi para na minha frente e cessa seu fogo. - Vamos, te deixo em casa. - Ele me entrega sua jaqueta azul, para cobrir minha blusa que rasgaram no meio.

Desde desse dia ele vem me buscar no trabalho e me deixa em casa, faz uns seis meses que estamos nessa. Claro que ele sempre está disfarçado, sem chamar atenção. Hoje por ser Dia dos Namorados a cidade está lotada e ele passa despercebido, está usando sua jaqueta azul, camisa branca, boné, calça preta e tênis branco.

-Ei, Dabi! - Comprimento-o toda empolgada quando saio do hospital.

- Doutora, vamos logo. - Fala Dabi, sem um pingo de entusiasmo.

Caminhamos até a minha casa que não é tão longe.

- Dabi você tá de mau humor? 

- Não. 

- Aconteceu alguma coisa?

- Não.

- Você pode me contar se quiser, não tem problema.

- Ah! Como você é insistente! Por isso que não arranja um namorado! - Ele leva as mãos a cabeça. 

- Olha quem fala, por acaso você tem namorada?

Ele não responde, apenas começa a andar mais rápido. 

- Chegamos. Tenha uma boa noite doutora. - Fala ele, parado na frente da minha porta.

- Você bem que poderia me chamar pelo nome, né?

- Se eu fizer isso, não poderei voltar atrás nas coisas que quero fazer contigo.

Eu coro.

- Não quer entrar?

- S/N só entra! 

Ambos arregalam os olhos de surpresa.

- Então quais são as coisas que você queria fazer comigo?

Aquele encontro...Onde histórias criam vida. Descubra agora