Começando

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Grimmauld Place n°12 - 17 de janeiro de 1991

O mundo bruxo britânico não se orgulhava em dizer que estavam em guerra com outro Bruxo das Trevas. Lorde Voldemort - conhecido como Você-Sabe-Quem ou Aquele-que-não-se-deve-nomear - já durava dez anos e muitos bruxos tinham perdido suas vidas em meio a essa disputa de poder entre os lados da "luz" e das "trevas".

Não era difícil se ouvir falar no Ministério da Magia Britânica dos ataques de Comnesais aos aurores e outros bruxos.

Entretanto, no mais recente ataque houve a emboscada que matou 2/3 da equipe de aurores presentes numa missão de recuperação de mais de trinta artefatos mágicos considerados escuros e completamente ilegais roubados e entre esses dois terços estava diversos sucessores e muitos membros de Casas antigas que não tinham outro herdeiro para suceder aquele que foi morto. Um dos herdeiros perdidos foi o da Casa de Black, cujo era pai de uma criança pequena que tinha perdido a mãe quando nasceu. Marlene McKinnon, a mãe do bebê, teve problemas no parto e não chegou a tempo no St. Mungus.

É claro que, como não acharam o corpo de Sirius, o declararam morto por falta de evidências de sua vida, mas levando em conta o fogo maldito usado no local não acharam muitos corpos dos mortos. E aqueles que sobreviveram tiveram graves sequelas devido a exposição.

No final da tarde escura e nublada daquela terça, um grande grupo de pessoas se reunia no Grimmauld Place para se despedir de um amigo e familiar querido. Na sala, uma dupla de homens de 21 anos chorava e tentava consolar um ao outro; um pouco mais distante deles, duas mulheres cuidavam de dois bebês de um ano e três crianças de dois anos enquanto um garotinho de quase três anos era consolado pela prima, de sete, no sofá da sala. Todos os adultos e quatro das crianças ali presentes choravam pela perda do homem - um auror, um pai, um primo, um tio, um amigo e um irmão muito querido que partia cedo demais.

Na cozinha da mansão, uma loira estava com o marido e os filhos pequenos na companhia de mais algumas pessoas. A irmã mais velha dela a consolava enquanto o marido da mais nova das duas irmãs cuidava de seu filho mais novo que dormia calmamente, alheio a toda tristeza do local e o mais velho, de dois anos, estava no colo da mãe. Também na cozinha havia um velho senhor estava observando todos quieto, parecia ter mil engrenagens rodando em sua mente enquanto ele processava que o homem que ele tinha tantos planos futuros estava morto.

Ninguém na casa estava feliz, talvez exceto pela idosa mulher que se mantinha longe e indiferente de todos. Para aquela mulher, a perda do rapaz não a abalava em nada pois ela não gostava de seu filho mais velho - ela havia se importado quando perdeu seu filho mais novo meses antes do neto nascer a três anos atrás.

Na sala, a cena continuava a mesma, a diferença era que agora os bebês dormiam.

- James... - chamou a mulher ruiva que tinha um garotinho adormecido nos braços e uma garotinha junta de suas pernas - querido, temos que ir...

O moreno, James, limpou as lágrimas e murmurou algo ao amigo que estava ao seu lado, que também chorava.

O homem com cabelos cor de palha se virou para Lilian e sorriu, apesar do choro, para a pequeno bebê e a garotinha que lhe deu um sorriso trêmulo e cheio de lágrimos.

- Lilian. Harry. - saudou ele, fungando e limpando as lágrimas. O lobisomem se abaixou e deixou seus braços serem preenchidos com a pequena garota chorosa - Pequena Saiph. - ele disse catinho

- Remus. - a ruiva sorriu trêmula para o amigo.

- Monny, sabe que qualquer coisa, estaremos aqui certo? - James pôs a mão no ombro de Remus depois que ele se levantou e o abraçou.

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