Lendas de Godrick

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Godrick's Hollow - Floresta do Grifo, 2000

Por volta do ano de 2000, quando Régulus e Saiph tinham seus treze anos, os bruxos que visitavam a antiga residência destruída dos Potter no "tour" haviam começado a vagar pelas dependências da Floresta do Grifo e isso ameaçava a exposição da casa onde eles moravam. E bem, nunca foi uma boa ideia fazer um Black se sentir ameaçado, ainda mais se um tivesse o sangue de Walburga Black e o outro tivesse sangue Potter, principalmente o de Euphimia Potter - antes Black.

Decidindo fazer algo por eles mesmos, os dois adolescentes juraram a Sirius sob voto de refrigerante que manteriam esses curiosos longe de sua morada da maneira que eles achassem melhor.

Saiph, que não era nada vingativa, inventou de usar uma capa com capuz enfeitiçado para que não revelasse seu rosto. Com seu arco encantado no pulso, Sirius temeu pela segurança de vida daquelas pessoas mais do que nunca.

Régulus, que era o menos vingativo da casa, fez nada mais nada menos que assumir a forma de Lycan durante essa pequena "atividade". Segundo ele, era apenas para cumprir seu juramento pessoal de proteger a ruiva, mas Sirius sabia que ele estava fazendo isso para assustar os entromentidos. Como se apenas uma bruxinha ruiva e vingativa com um arco e flechas encantadas não assustasse alguém, ainda haveria um leão de um metro e sessenta de pelos negros para atazanar a sanidade mental deles. Ah bem, se tivesse alguém do Ministério xeretando essas áreas ele levaria um tremendo susto e sairia com as calças por trocar.

Do jeito que Sirius previu, algumas semanas depois haviam dois aurores do Ministério da Magia por lá. Quando Saiph e Régulus chegaram próximos ao local onde os dois estavam, o sorriso de ambos foi enorme.

Como a Potter tinha começado cedo a estudar e praticar feitiços ilusórios, esse tipo de magia se tornou natural para ela. Fazê-los era tão fácil quanto dizer bruxo, e ela amava pregar peças usando-os para enganar desavisados de magia. Ela puxou seu capuz para cobrir o rosto e se separou de Régulus indo para outro lado da mata.

Respirando fundo, Saiph bateu a mão esquerda no bracelete e seu arco branco surgiu em sua mão. A aljava que pendia em suas costas antes vazia se encheu de setas aparentemente comuns. Pegando uma delas, Saip mirou numa árvore atrás de um dos aurores. Como sempre fazia antes de atirar, a Potter recitou o encantamento de um de seus feitiços favoritos para essa "atividade"; o chão encheu-se de névoa que subia rapidamente até à altura de seus joelhos.

- O que é isso? Da onde veio essa névoa? - ela ouviu um dos homens falar. Sorrindo, ela puxou a seta esticando a corda e a soltou.

A flecha passou veloz perto do rosto do homem loiro e alto. Ele xingou alto um palavrão.

- Mas que porra é essa Dawson? - o outro auror perguntou assustado ao parceiro.

- Alguma coisa passou por aqui! Cortou o ar perto de mim. - o loiro, Dawson, falou.

- Besteira Dawson, vamos logo terminar isto para irmos pra casa.

Saiph não podia deixar de sorrir, ela amava quando as pessoas não fugiam na primeira flecha, deixava mais divertido.

Os aurores adentraram na Floresta do Grifo e ergueram suas varinhas. Ah, eles estavam armados! Aquilo só deixava as coisas ainda melhores!

Saiph fez um movimento no arco, como se estivesse esticando a corda com uma seta. Uma fecha brilhante esbranquiçada agora se via no arco pronta para ser atirada. A Potter seguiu os homens pelas sombras, e quando viu os dois pararem outra vez, ela atirou a flecha no tronco oco a frente do auror desconhecido.

- Mas quê!? - a flecha esbranquiçada soltava faíscas, o tronco oco foi consumido em chamas em segundos e os aurores tentaram inutilmente apagar o fogo.

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