Cicatrizes eternas.

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Antes de começar, gostaria de esclarecer algumas coisinhas pra vocês.

Eu não tenho escrito capítulos intercalados com passado e presente pelo fato que o relacionamento do Midoriya com a Uraraka já se consolidou, e agora os flashbacks vão ser voltados para os acontecimentos com Shigaraki Tomura, citado no capítulo "Toshinori Midoriya".

E também, peço perdão pela demora constante em postar capítulos novos. Eu estou no ensino médio e meus estudos individuais e da escola tem me consumido bastante, deixando-me completamente desgastada com diversos assuntos. Fora que, estamos vivendo um momento extremamente complicado por todo o mundo, eu estive bem doente por alguns dias com suspeita de Covid, então precisei descansar ao máximo.

Então eu alerto, por favor, FIQUEM EM CASA! Eu não sai em nenhum momento e fiquei doente, imagine se eu saísse.

Se cuidem, boa leitura💕

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[MUSUTAFU, CINCO ANOS ANTES DA PROVA DE ADMISSÃO.]

[DEZESSETE ANOS APÓS A FORMATURA.]

Era janeiro, a neve cobria a metrópole por completo sem deixar vestígios de que ali já tivera flores coloridas. O gelo dominou tudo, assim como dominou Todoroki anos atrás.
O herói número três por quase duas décadas consecutivas caminhava com compras para sua família em um bairro movimentado da cidade, a neve que caia levemente pelo céu deixava o nariz de Todoroki congelado. O homem soltou uma risada fria, pegando seu braço esquerdo e aquecendo seu próprio rosto.
O mundo tem estado mais colorido para Todoroki desde quando suas filhas nasceram, mesmo que o frio desse suas caras em um dos invernos mais congelantes já vistos no Japão. Era como se seu mundo tivesse mudado de perspectiva. Sua mãe iria sair do sanatório após alguns dias de inverno, e suas meninas de dez anos poderiam finalmente conviver com sua avó em um ambiente menos hostil. Yaoyorozu, sua esposa, estava conseguindo dormir tranquilamente após anos desde a última crise de pesadelos de seu marido. Os primeiros anos foram difíceis, após o nascimento das filhas, também foram ficado mais complicados... É, todo mundo ainda tem que lidar com seus traumas, mas Todoroki finalmente havia conseguido.
Todoroki, com os pensamentos domando sua cabeça, esbarrou em uma pequena criancinha que corria atrás de seu pai. O homem se xingou mentalmente por isso, percebendo que a criança estava completamente sozinha e devia ter por volta da idade de suas filhas.
Usando um capuz, a criança juntou seu boneco do Deku, fazendo Todoroki abaixar e encarar a criança.

- Desculpe, parceiro. - Disse Todoroki com a voz doce. - Vejo que você gosta muito do meu amigo.

Não era possível ver o rosto completo do pequeno, mas um sorriso revelando os dentes brancos da criança foi visto.

- Eu gosto muito, muito dele! Deku, o melhor dos melhores heróis de todo o mundo! - A criança levantou o boneco e fingiu fazê-lo voar. - Espera... Você é Shouto, o herói meio a meio!

A criança tirou o capuz, e a visão que Todoroki teve quase fez seu coração sair pela boca.
Era como se ele estivesse se olhando no espelho, um Todoroki de cabelos brancos e vermelhos e sem a queimadura nos olhos. Um olho azul céu e outro branco como a neve.
Era impossível existir outra criança com as mesmas características de Todoroki, a não ser que ele fosse um Todoroki.

- Nós somos iguais! - Disse o garotinho com um sorriso branco.

O garotinho falava sem parar, e não percebeu a expressão de medo do herói em seu rosto. Todoroki tentou se recompor, e prestar atenção no que a criança dizia.

- E-Então... - Todoroki limpou a garganta. - Onde está o seu pai? É perigoso você andar por aqui sozinho.

- Ele está me esperando na loja de conveniência, mas... - O garotinho ameaçou chorar, mas segurou para parecer forte. - Eu não sei voltar.

FLY ME TO THE MOON - IZUOCHAOnde histórias criam vida. Descubra agora