crianças heróicas.

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Toshinori Midoriya. Individualidade: Telecinese. O segundo filho de Izuku e Ochako completou três anos a dois meses, e Saeko já tinha cinco.
Toshinori era a definição de gênio, e definitivamente ninguém esperava o quão inteligente seria o garoto. Quando nasceu, nenhuma lágrima foi derrubada de seus pequenos olhinhos. Ele observava atentamente o médico, seus pais, tudo. Ao contrário do que os pais pensavam, era uma criança bem quieta.
O garoto era tão inteligente que entrou junto com sua irmã na escola, aos quatro anos. Toshinori andava, falava, conseguia entender o que a professora explicava e assustava a todos. Inclusive o seu próprio pai, que não entendia muito bem de onde veio essa genialidade. Ochako sempre dizia que Toshinori era inteligente por causa de Izuku, mas ele discordava. Izuku era inteligente porque estudava, Toshinori nasceu com isso.
Era uma manhã de sábado, estavam fazendo uma reunião na casa de Ochako e Izuku.
Saeko usava um vestido amarelo, Toshinori usava uma bermuda e uma blusa com o seu pai na frente. Os dois irmãos andavam de mãos dadas em direção a sua mãe, que conversava com os demais na mesa.

- Mamãe, o Toshi quer saber quando vamos poder comer mochi. - Perguntou Saeko pelo irmão. Toshinori se escondia atrás da garota de cabelos longos e verdes.

- Logo depois do almoço, Majestade. - Respondeu Ochako.

As duas crianças correram para dentro da casa, sentando na sala com os outros filhos que brincavam de frente a televisão.

- Porque você chama ela de majestade, Ochako? - Momo Yaoyorozu. Individualidade: Criação. Seu cabelo estava curto igual o de Ochako, porém sem a franja. Era impressionante o quanto mais velha Yaoyorozu ficava, mais sua beleza aumentava.

- Quem deu esse apelido a ela foi Izuku quando ela começou a brincar que era uma princesa. - Ochako sorri para o marido, que devorava os tira-gostos feitos por ela.

- Espero que quando ela cresça não sinta vergonha desses apelidos. - Resmungou Izuku com a boca cheia de comida, Ochako o encarou em reprovação. - Desculpe, querida.

- Você é nojento, Deku.

Bakugou e Kirishima entravam pela casa com uma criança da idade das demais no colo.

- Oi gente! - Eijiro Kirishima. Individualidade: Endurecer. - Diga oi para os seus tios.

-... Filho da puta.

Bakugou ri tão alto que era quase impossível não perceber o orgulho no rosto do loiro, enquanto Kirishima encarava a criança em reprovação. Os outros pais, impressionados e com uma pitada de medo daquela criança falar aquele palavrão perto dos seus filhos, encaram o garotinho com um sorriso idiota no rosto.
A criança desceu do colo do pai e se posicionou ao lado da perna de Kirishima.

- Desculpe, Shima. - Bakugou pega a criança do colo de Kirishima que mal sabia aonde enfiar a cara. - Queria mostrar pra vocês como crio o meu filho.

- E que criação, hein? - Denki Kaminari. Individualidade: Eletricidade. Ele estava falando embolado, mas foi o suficiente para irritar Bakugou.

- Cala a boca, carregador ambulante. - Respondeu Bakugou aos berros.

- Meu deus, vocês definitivamente não mudaram nada. - Jiro soltava uma risada, enquanto Kaminari estava ocupado demais recarregando o celular de sua esposa.

Dentre todos os formandos da geração de Izuku, os quatro casais foram os únicos que permaneceram na cidade. Por algum motivo, algo os prendia ali. Já haviam até pensado em mudar para Tóquio, Osaka ou outras cidades mais populosas e onde teriam uma demanda de crime maior. Porém com os quatro heróis no topo do ranking em uma cidade só, a criminalidade havia diminuído constantemente.
Todoroki levantou da mesa ao ouvir uma de suas filhas chorar. Seus cabelos longos e lisos presos em um coque haviam dado mais um charme para o herói número três. Em passos suaves, Todoroki entra na sala dos Midoriya. Yaoyorozu tinha dado à luz a gêmeas: Shoka e Kita Todoroki. Quem chorava era Kita.
Kita Todoroki. Individualidade: Meio frio. A garotinha com metade dos cabelos brancos como a neve e a outra metade negros como a noite derramava lágrimas sem parar. Sua irmã a abraçava sem entender o motivo do choro.

FLY ME TO THE MOON - IZUOCHAOnde histórias criam vida. Descubra agora