Algumas semanas depois~
— Eu amo esse livro — Jinyoung senta-se ao meu lado na biblioteca e observa o livro que eu estava lendo, ou melhor o livro que estava em minhas mãos, pois eu estava pensando demais para ler.
— É... Ele é interessante. — Finjo que estava concentrada na leitura.
— Sua forma de ler também é — Fala me deixando confusa, mas depois percebo que o livro estava de cabeça para baixo.
— É que... Eu tô com muita coisa na cabeça. — Solto uma risada envergonhada.
— Quer ir pro telhado da escola? Para sair um pouco da rotina. — Estendeu a mão com um sorriso encantador.
— Oh! Eu vou ter que recusar! Hoje é meu dia de limpar a sala.
— Eu posso te ajudar! — Ele diz ajeitando as mangas de sua farda — Meu segundo nome é bem limpinho — finge que está limpando uma janela imaginária.
— Então tá bom! — Sorrio com sua atitude.
A limpeza resultou em dois adolescentes dançando e gargalhando enquanto limpavam uma mísera sala de aula, por um momento me divertir com Jinyoung me fez esquecer todos os pensamentos de me rodeavam.
Ele era divertido e brincalhão, as vezes um pouco sério e responsável, mas quando o assunto foi eu melar seu nariz de espuma, ele entrou na brincadeira e nos sujamos todos.— Obrigada pela ajuda — Coloco a última cadeira no lugar, me apoio no armário estalando minha coluna e fazendo uma expressão cansada.
— Já que eu te ajudei, você me daria a honra de sair comigo? — Ele pega os baldes e começa a levá-los para a sala de limpeza.
— Sabia que queria alguma coisa — Dou um soquinho de leve nele, é claro que estava brincando, eu adorava a companhia do Jiny, e não me incomodaria por sair com ele mais vezes.
— Sábado? Topa? — Ele deixa os baldes na salinha e a tranca.
— Combinado! — Exclamo dando um leve abraço nele e indo para o banheiro lavar minhas mãos.
Jaebum
Estava voltando para casa com milhares de pensamentos, confesso que não quero ter eles, mas é impossível.
Eu estava em um dos meus piores dias, não que os outros sejam os melhores...
Mas eu estava realmente cansado naquele momento, era desgastante o mesmo de sempre.— Oh! Não chegue perto dele oppa! — escuto risadas, me viro e avisto um grupinho de amigos que usavam a mesma farda que a minha, eles aparentavam ser do segundo ano, ou seja, mais novos que eu.
— Não se preocupe meu bem, eu costumo jogar lixos no seu devido lugar. Afinal o mundo precisa eliminar a poluição. — Um garoto fala se encostando no meu ombro, me refiro tentando sair mas ele era forte demais.
— Para onde está indo seu babaca? — ele me puxa pela camisa e me joga em várias latas de lixo em um beco. — Eu não estou em um bom dia sua aberração! Preciso que coopere para eu descontar.
É sério isso? Saco de pancadas? Me subiu a raiva por um momento, quase estava prestes a quebrar o pescoço dele, mas me lembro de uma frase de minha mãe "Seja uma boa pessoa Jae".
— Agora vai se fazer de coitadinho? — Se agacha na minha frente distribuindo tapas em meu rosto — Você deveria morrer sabia?
Tento segurar as lágrimas que insistem cair, o que aconteceria se elas caíssem?
Eu não seria uma pessoa forte? As pessoas poderiam perceber o quanto isso me machuca?— Oww ele está segurando o choro oppa! — Mais risadas que me irritam até os típanos.
— Vai me mostra! Cadê o garoto irritado? Sua protetora não está aqui para te ajudar. — Distribui chutes em meu abdômen, caramba isso dói, dói demais.
Começo a cuspir o sangue
Minha vista estava escurecendo e eu não conseguia mais enxergar ou ouvir nada, tava tudo preto por um momento, só podia se ouvir risadas estrondosos e o barulho dos chutes sendo depositados em mim.— Vai fazer o que agora? — Me desculpe mãe, não serei uma boa pessoa. Fecho os punhos com força, quando me recupero aos sentidos, agarro o pescoço dele como um "mata-leão".
Minha respiração está descontrolada eu não consigo mais pensar.
— Solta ele! — A garota tenta me tirar de cima dele — SOCORRO!
Distribuo um soco nele o deixando desacordado, e a menina desesperada gritando que eu era um monstro. Saío com a respiração ofegante e a boca toda sangrando.
(...)
De todas as soluções que eu penso, morrer é a mais eficaz para mim. Ao meu ver eu teria paz, nunca mais seria importunado. Eu sei que dói pensar nisso, e é horrível ter apenas essa possibilidade, meus pais se orgulhariam de mim?
Encaro mais uma vez o objeto que estava em minha mão.
Isso seria o único jeito de parar meu sofrimento?
Eu finalmente ficaria em paz?Fecho os olhos, respiro fundo.
A vida é como um poço, um poço bem fundo, por mais que eu tente chegar no topo mais eu afundo.— É Lim Jaebeom... Você aguentou até aqui. — sussurro — Tu és um guerreiro. — Deixo as lágrimas me dominarem e novamente eu estava em um choro que nunca acabava.
Nari
— Cheguei mãe! — Tiro meus sapatos enquanto entro em casa.
— Oh Nari! Você soube da notícia? — Minha mãe fala preocupada.
— O que foi mãe?
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Recomendação de música:
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Olha só quem voltou! Para a tristeza de uns e a felicidade de outros!
E aí pessoal? O que acharam do capítulo? Não se esqueçam de sempre darem o feedback do capítulo, isso sempre me ajuda a melhorar!
Votem e comentem muito, amo vocês!!❤️
Notas importantes da autora:
Esse capítulo foi um tanto...
Pesado.Mas isso foi para eu falar uma coisa para vocês.
O que você está passando, todos os momentos difíceis, vai passar ok? Espere o seu tempo! Erga sua cabeça sorria, seja feliz!
Saiba que estarei aqui para te ouvir ok? Eu não te conheço, não sei de nada sobre você mas eu me importo com você.
Não faça nada que se arrependa depois, apenas viva persista por mais que seja difícil!
Eu te amo♥️Até a próxima!
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DEMONS
FanfictionJay enfrenta seus demônios, que insistem em consumir ele, graças a uma garota que se encantou com seu olhar de milhares de segredos. Onde um romance começa em meio a uma turbulência de acontecimentos e investigações do passado. Mas nem sempre o...