03 de maio de 2003 - Reino Unido
- Me responda, Mama. Quem é o verdadeiro pai do Chris?
Lauren praticamente gritou com a mais velha, Clara estava pálida e desviou os olhos da filha.
A atitude da mãe, só confirmou que a mesma lhe escondia alguma coisa e não sairia dali até conseguir a sua resposta.
- Vamos mama.
- Olha só as coisas que você está falando, Lauren. Eu exijo respeito e não permitirei que uma garota mimada venha me acusar desse jeito.
Lauren respirou fundo, por mais que estivesse com raiva, a outra ainda era a sua mãe e tinha recebido uma ótima educação.
- Porque não fala a verdade? Você traiu o meu pai e o meu irmão é fruto dessa traição, não é?
- E se for? - Pela primeira vez naquela noite, a mulher olhou para a filha. Clara estava com a sua postura fria e arrogante, não ficando por baixo. - Você vai contar para o seu pai? Pior, vai contar para o seu irmão, o pirralho que você tanto idolatra, e deixa-lo revoltado? Porque você sabe que isso pode abalar o psicológico de um adolescente, não sabe?
Lauren sentiu os olhos arderem, não sabia se era de raiva pela mulher, ou de tristeza pelo pai e o irmão.
- Se o seu papai não tivesse me deixado de lado, não passasse apenas o tempo no trabalho e dando atenção à você, isso não teria acontecido.
- Sério isso? Isso não justica sua traição, Mama. Isso não envolve só a senhora e sim Chris e o Papa.
Clara agia naturalmente, a mulher pegou um dos seus vestidos de grife e deixou encima de um puff no centro do closet.
- Como você acha que eu me sentia quando procurava o seu pai na cama e ele apenas se preocupava se a menininha dele estava dormindo bem? - Clara soltava faísca pelos olhos, seu tom de voz era ríspido e duro. Se aproximando da filha, a mulher riu sarcasticamente. - Se eu fiz o que fiz, foi por sua causa e sim, Christopher não é filho de seu pai e sim de um homem que eu conheci uma noite qualquer. Não era isso que você queria escutar?
Lauren secou rapidamente as lágrimas que insistiam em cair.
- Agora corra, conte a eles e destrua nossa família. Dê mais uma vez um desgosto ao seu pai, é apenas isso que você anda dando ultimamente, desgosto. E sabe porque não abortei o seu irmão quando tive oportunidade? Porque seu pai sempre quis ter um menino e essa foi a oportunidade de eu ter a atenção que eu sempre quis.
- Você não pode colocar a culpa em mim e eu só não vou contar para o meu papa, por ele e por Chris. E se a senhora ousar a mandar meu irmão para longe, eu acabo com você.
- Devo agradecer por isso?
Lauren passou como um furacão perto da mãe. Suas mãos tremiam de tanto nervoso. Talvez preferia não ter descoberto nada disso, seu peito ardia e a vontade de gritar era gigantesca.
A latina entrou no quarto deixando as lágrimas molharem seu rosto. Deitada de modo fetal, puxou a coberta para o corpo.
Se colocava no lugar do irmão e imaginando o que aconteceria se eles souberem de toda a verdade.
Deitada quase uma hora naquela posição, não tinha mais vontade de sair de casa.
Se sentia cansada emocionalmente e fisicamente.
Enviou uma mensagem para as amigas pedindo desculpas, dizendo que não estava nada bem. Fez o mesmo com a loira e Ally logo ligou querendo ouvir a voz da latina.
- Estou preocupada com você. Quer conversar?
- Sim, mais não por telefone. Eu queria te ver. Eu só preciso de um abraço.
- Me passe o endereço, eu vou até você. - Lauren sorriu ao ouvir aquilo. A latina sabia do medo que Ally tinha de sua mãe.
- Te mando por mensagem. - Lauren fungou.
- Tá bom, vá rezando para tua mãe não me matar. - A loira riu de nervoso.
As duas encerram a ligação.
Naquela noite, Clara e Mike jantariam fora com alguns amigos e sem horas para voltar.
Chris estava no quarto e Lucca já dormia. Ally entrou sendo vista apenas por Ana e Lauren logo tratou de levar a namorada para o quarto, depois de Ally recusar comer alguma coisa.
Sentada com as costas na cabeceira da cama, Ally passava os dedos pelos fios de Lauren. A latina tinha a cabeça nas pernas da loira, não tinha dito nada, e Brooke respeitava isso.
- Obrigada por ter vindo. - Lauren olhou para cima, buscando os castanhos da outra.
- Não precisa agradecer, meu amor.
Os lábios de Lauren se contraíram em um grande sorriso.
Meu amor.
Era tão bom ser chamada assim. Se sentir amada, se sentir protegida e cuidada.
- Eu sou seu amor?
Brooke passou a língua nos lábios fingindo pensar, o quê arrancou uma risada gostosa da latina.
Ally amava ouvir aquele som, tristeza não combinava com o rosto bonito de sua amada.
Lauren se sentou na cama esperando por sua resposta. A loira segurou no rosto da outra, selando os seus lábios em um selinho.
- Sim. Você é o meu amor.
- Você me faz tão bem. Pode parecer precipitado dizer isso, mas... Eu amo você, Allz. Eu sinto tantas coisas boas quando estou do seu lado, eu amo cada pedacinho seu. Droga! Isso soou tão clichê
Lauren riu de nervoso sentada sobre os calcanhares. Isso estava preso em sua garanta a tanto tempo, mas o medo de assustar a loira a impedia e aquele pareceu um bom momento.
Jauregui desviou o olhar da outra. Ally segurou o rosto de Lauren, fazendo os verdes se encontrarem com os castanhos.
- EU TAMBÉM AMO VOCÊ! Desde o dia em que te vi. Eu pensei que nunca mais fosse amar uma mulher, mas ai aparece você. A latina mais gostosa do Reino Unido... E não se preocupe, eu adoro coisas clichês.
O sorriso de ambas era capaz de rasgar seus rosto. Sem pensar duas vezes, Ally tomou os lábios da morena. Lauren gemeu ao sentir sua língua sendo chupada.
Com cuidado e sem desgrudar os seus lábios, a loira empurrou Lauren na cama. Jogando uma perna de cada lado daquele corpo tão desejado por si, passou rebolar em seu quadril, soltando gemidos baixos enquanto judiava do pescoço da morena.
- Ally? - A loira olhou para a morena embaixo de seu corpo. - Faça amor comigo. Me faça sua essa noite.
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Destino
Fanfiction"O Destino é geralmente concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos relacionada a uma possível ordem cósmica. Portanto, segundo essa concepção, o destino conduz a vida de acordo com uma ordem natural, da qual nada que existe pode escapa...