《4.2》

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Pov's Lauren

Eu tentava assimilar todas as palavras ditas por minha namorada. Ainda me encontrava em estado de choque. Lana, Carolyn eram uma só. Minha filha não tinha falecido e sim sido dada para a senhora Hernández, por minha mãe, a mulher que me pôs no mundo, a mulher que chamo de mama e apesar de tudo a amo. Nunca imaginei que ela seria tão cruel a esse ponto.

A mão quente e macia de Ally segurava a minha, enquanto entre lágrimas contava os detalhes desde se desconfiança e de seus medos, medos que não julgo. Quando somos mães agimos por instinto, nosso lado protetor se entra em alerta e apenas pensamos em nossa volta. Claro que preferia ter descoberto tudo antes, à dias, semanas, mas eu tentava não julgá-la. Como diz aquele ditado Quem nunca errou atire a primeira pedra.

Me sentia cansada emocionalmente, o meu corpo doía. E eu só sabia chorar nos braços da mulher que amo. Acabo me deitando no colo da loira, a sua mão passa por meus cabelos, enquanto a outra mantém entrelaçada com a minha. Eu não via a hora de poder abraçar Lana, e dizer o quanto a amo. Lucca ficará tão feliz quando descobrir que a sua irmã do coração, agora além de ser de coração é de sangue.

- Amor, vamos nos deitar no quarto. -Escuto a voz de minha namorada. Os meus olhos preguiçosos se abrem e fecham.

Sem protestar me levanto e acompanho a loira até o quarto que divide com a filha, minha filha, nossa filha. É tão bom dizer isso... Allyson compartilhou comigo do seu medo de perder Lana, e me pediu desculpas por pensar que eu afastaria dela. Eu jamais faria isso, Ally nem de longe tem culpa do que nossas mães fizeram. Ela é uma ótima mãe, e nesses últimos seis anos Lana tem sido muito bem cuidada e amada. Então não, eu não tirarei os direitos de minha namorada de mãe, ela é quão mãe de Carolyn/Lana quanto eu.

- Amor, como faremos com Lana agora que sabemos que ela também é a sua filha?

- Como assim, amor? - Digo tentando entender a pergunta da mais nova.

- Você vai querer passar mais tempo com ela certo? - Seus braços que estão em volta de minha cintura, me apertam mais contra o seu corpo.

Eu não tinha pensado nisso. Realmente vou querer passar muito mais tempo com Lana. Recuperar o tempo perdido. Coloca-la para dormir juntamente de Lucca e contar uma história para eles. Coisas simples que sempre imaginei fazendo com os meus gêmeos.

- Porque você não vem morar em minha casa? -Me viro na cama, ficando de frente para a loira.

- Lolo, você está falando sério? - Seus olhos me mostram insegurança.

- Sim, muito sério. Na verdade venho pensando nisso a um tempo, e agora que Lana é nossa, podemos começar a nossa família. Eu, você, Lana e Lucca.

- Está me pedindo em casamento, srta. Jauregui? - Sua voz sai divertida, me arrancando um sorriso.

- Não ainda, mas quero vocês duas com a gente. E então o que me diz?

- Eu digo sim. Não há nada que nos impeça de dar esse passo.

Ela sela nossos lábios em um demorado selinho, que virá em um beijo lento cheio de significados.

[...]

Dia seguinte;

Depois do dia agitado e cheio de emoções de ontem, eu precisava resolver questões com a minha mãe. Ela e meu irmão chegariam hoje de uma viagem de dois dias fora.

Acordei logo cedo, passei a noite no apartamento da Allz e da Mani, depois de pedir para Anna trazer Lucca até mim. Foi uma noite emocionante para todos nós. Dinah se ofereceu em cuidar das crianças quando Ally disse que iria comigo até dona Clara Jauregui. Ela não queria me deixar sozinha com a mais velha.

Depois de estacionar o carro em frente a mansão, entramos como um furacão na casa dos meus pais. Os funcionários estranharam meu comportamento, eu sempre fui muito calma e agora estava fora de mim.

- Cadê a Clara?! - Perguntei alto do pé da escadaria. Chris desceu com uma cara confusa.

- O quê foi Lern? Porque parece tão brava?

- Eu preciso falar com a mama. Ela passou de todos os limites! - Ally se mantém em silêncio ao lado de Esmeralda.

- Que bagunça é essa na minha casa, Lauren? - A voz irritada da mais velha se fez presente.

No topo da escada se encontrava a minha matriarca. Seu olhar frio e arrogante me causava calafrios, mas deixei o medo de lado, não abaixaria minha cabeça. Ela brincou de mais com a minha vida, e esse foi estopim para não querê-la perto de mim e de minha família.

- Como você consegue dormir tranquilamente sabendo que a sua filha sofre à anos por uma filha morta, que na verdade você deu por ser especial? Você é tão baixa, Clara! -Solto vendo a cara assustada da mais velha.

Todos olham chocados para a minha revelação. Esmeralda que sempre esteve em nossa família estala os olhos surpresa, e Chris se encontra na mesma situação. Entre às quatro paredes despejo toda a minha fúria em cima da mulher, que agora se encontra frente a frente comigo.

Conto toda a verdade, a verdade que ela escondeu de mim. Palavras duras sai dos meus lábios enquanto me derramo em lágrimas. Nenhum momento mama se deixa abater, a sua pose continua firme e arrogante.

- E você queria que eu fizesse o quê? Que aceitasse aquela aberração em minha família? Eu te fiz um favor, Lauren! - Suas palavras cortam como lâminas e um estalo se faz presente no ambiente. Ally tinha acabado de dar um tampa no rosto de minha mãe e outro e mais outro são dados, nunca tinha visto Arizona tão furiosa assim. Minha mãe tenta se proteger dos tapas, mas a maioria deles pega em seu rosto, a deixando descabelada e com a pele arranhada.

Chris segura minha namorada pelo braço, fazendo a loira parar com o ato. Se fosse depender de mim não impediria, pode parecer insensível de minha parte por ser minha mãe, mas Clara Jauregui estava merecendo, e alguém tinha que fazer isso.

- Sua garota insolente! - Com fúria diz minha mãe e quando a mais velha tenta revidar o tapa de minha namorada, Ally segura fortemente no pulso de Clara. Ela tenta com a outra mão e com reflexo rápido, Allyson também a segura.

- Nunca mais ouse a falar assim da minha filha! - Brooke a solta, fazendo a mesma cambalear para trás. - Você é uma mulher nojenta, Maria Clara!

Minha mãe detestava ser chamada assim, seu semblante irritado fuzila todos que a olham.

- Eu quero você longe dos meus filhos e bem longe da mulher que eu amo. Só guarde essas palavras mamãe... - Digo 'mamãe' com desgosto. - Nada do que a senhora fez ficará impune. Nada!

Irritada, seguro na mão de Ally, a tirando daquele lugar. A passos rápidos caminhamos até o meu carro e quando me encosto no mesmo com a respiração cansada, me desabo em lágrimas.

- Eu estou com você, Lolo. - Sussurra a loira no pé do meu ouvido.

- Obrigada. - Digo a abraçando.

'Abraço de paz. Só em seus braços eu encontrei a paz interior que tanto busquei. Você é meu ponto de luz'.

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