《3.8》

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Pov's Ally

Depois daquela conversa, minha mãe ficou muito cansada e a mesma acabou adormecendo. Seu rosto pálido e abatido era de partir o coração.

Saí de seu aposento, dncostei a porta e me derramei em lágrimas abraçada ao corpo do meu pai.

O choro compulsivo parecia que não teria fim. Tudo doía dentro de mim.

Depois de finalmente me acalmar acabei indo para o quarto tomar um banho e descansar.

A água quente molhava o meu corpo, amenizando momentaneamente a dor. Depois de longos minutos ali embaixo, desligo o registro e me enrolo na toalha.

Entro no quarto e Lana dorme com os lábios entre abertos, a viagem à deixou muito cansada e acredito que ainda dormirá por algumas horas. Visto uma roupa que peguei dentro da mala antes de ir para o banho, e seco os meus fios loiros.

Olho para o celular tocando em cima da cômoda, só aí que me lembro que fiquei de ligar para a latina assim que chegasse. Tem algumas ligações perdidas de uma hora atrás e com certeza a morena deve estar preocupada com o meu sumiço, mas com razão.

- Oi, meu amor. - Digo atendendo a chamada.

- Ally, você está bem. Lana está bem?

- Calma, Lolo. Nós estamos bem. - Solto uma risadinha sem muita vontade, ato que não passa despercebido por minha morena.

Acabo contando a morena o que tem acontecido com a mamãe, e chorar de novo se torna impossível.

- Quer que vá até aí? Eu posso deixar Lucca com o papa.

- Não precisa, amor. Apesar de tudo eu ficarei bem. - Olho para Lana que se mexe na cama, seus olhinhos preguiçosos se abrem observando o lugar. - Lana acordou, vou dar um banho e algo para ela comer.

- Dê um beijo na pequena por mim. Qualquer coisa me ligue amor, não importa o horário.

- Pode deixar, querida. Obrigada, eu amo você.

Depois da latina dizer que me ama, demos tchau uma para a outra e encerramos a ligação. Dei banho e alimentei minha menina. Quando Lana viu o avô ficou toda animada, meu pai e eu explicamos que a avó está doente, e que a mesma precisa de muito descanso e silêncio. Lana compreendeu, quando entrou no quarto de Patrícia correu para abraçá-la. Minha menina ficou ali deitada ao lado da mais velha, enquanto eu e papai preparavamos um lanche.

- Pai! - Chamo a atenção do mais velho que me ajuda com os sanduíches.

- Sim querida?

- O senhor sabe o que a mamãe tem para me contar de tão importante? - O homem nega com a cabeça.

Enquanto preparo os lanchinhos, minha cabeça borbulha de tantos pensamentos.

Será que mamãe quer falar de Lana, afinal ela trabalhou no hospital que Lauren deu a luz, e graças a ela eu consegui adotar facilmente a minha filha. Será que eu estava certa, que a minha mãe teria as respostas para as minhas perguntas? Sou tirada dos pensamentos com o meu pai me chamando.

- Vamos torcer para ela comer. - Diz o mais velho com a bandeja na mão. - A sua alimentação não anda uma das melhores.

- O senhor não acha melhor procurar um outro médico, para sei lá..? - Digo passando em sua frente.

- Passamos em três médicos, querida. E todos deram o mesmo diagnóstico.

Assinto abrindo a porta do quarto para Jerry passar com a bandeja. Lana tem a cabeça no ombro da avó, as mãos de minha mãe passam devagar nos fios ralos de Lana.

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