Maitê Xavier: emprego

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Maitê Xavier versão:

Ainda nem acredito que consegui o emprego, achei que por ser a última minhas chances eram menores... Fiquei tão desesperada quando o moço e o irmão pediram pra trocar de vez comigo, só aceitei porque era uma emergência familiar. Mas de qualquer forma, agora não importa, o emprego é meu.

A empresa era grande e linda por dentro, eu sempre me surpreendia com a arquitetura dos prédios daqui. Essa cidade era tão diferente do que eu estava acostumada, e tão parecida com tudo. Tudo simplesmente combinava com tudo.

Jake era alto, tinha cabelos escuros e pele clara, os olhos eram azulados, mas não era aquele azul claro, eram azuis mais escuros. Ele vestia roupa típica de chefe, vulgo roupa social. Roupas assim não me parecem confortáveis.

Recolhi todas as novas informações que consegui coletar, juntei com as antigas, as organizei por data e coloquei em uma pasta. As mais antigas pra cima, e as mais recentes por baixo. Amanhã eu iria sair de lá contratada.

No dia seguinte acordei cedo e 30 minutos depois já estava pronta pra ir, com meu celular, fone e carteira de trabalho na mão e claro, a pasta que iria me garantir a vaga. Meu pai me deu uma carona, fomos de moto, então segurei tudo com todas as minhas forças pra não derrubar nada, eu sou meio desastrada, às vezes.

Cheguei no trabalho com quinze minutos de antecedência, é por isso que eu amo andar de moto.

—Bom dia, senhorita Maitê, disse a dona Cris, enquanto reparava na minha roupa.

—Bom dia, dona Cris. Não vai me dizer que eu precisava vestir roupa social? Eu gosto tanto dos meus jeans. E esquece o senhorita, por favor, é estranho.

—Se eu fosse você esquecia o "dona" também, ela odeia. — disse uma voz masculina que vinha de trás de mim, era o Jake, vulgo meu novo chefe. — E apesar das pessoas aqui usarem um tipo de roupa em específico, é por opção. Você pode se vestir como achar confortável. Isso é o que eu te pedi? — perguntou apontando pra minha pasta.

—Sim, está tudo aqui. E isso é minha carteira de trabalho. —disse sorrindo em tom de zoeira, enquanto apontava a carteira na direção dele. De onde eu tirei aquela intimidade?

—Então vamos. —disse ele apontando pra sala com um leve sorriso, provavelmente da minha leve zoeira. 





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