Sherlock voltou ao número 221 da Baker Street se sentindo mais derrotado do que se sentira em toda sua vida. Ele não conseguiu arrancar nem uma palavra sobre a localização de John de Moriarty e sua visita a seu irmão teve um resultado ainda pior. Mycroft se recusou a vê-lo, preferindo enviar um de seus homens para passar a mensagem de que: "O que quer que tivesse acontecido, não era seu problema, a menos que colocasse o país em risco."
O relógio da saleta de entrada marcava 15:05. Faltavam menos de 2 horas para o pôr do sol. Ignorando totalmente os chamados da Senhora Hudson, Sherlock subiu pra seus aposentos, forçando seu cérebro a trabalhar em alta velocidade para descobrir uma resposta para o problema antes que seu prazo vencesse. Mas parecia haver um bloqueio que o impedia de encontrar essa resposta e, em algum lugar de sua mente, ele sabia que esse bloqueio era justamente a falta de John.
O motivo pelo qual Sherlock havia permitido a entrada do médico em sua vida tão facilmente, era porque desde o início sentia que ele se encaixava. John não tinha uma mente excepcional ou grande percepção de detalhes, mas, de alguma forma, sempre acabava ajudando Sherlock a resolver os casos pelo menos um quarto mais rápido que quando estava sozinho. Fosse com uma pergunta estúpida ou uma observação acidental, John sempre guiava Sherlock para caminho certo. O detetive não podia deixar de pensar que talvez já tivesse descoberto quem era o Diabo se sua relação com o amigo não estivesse tão instável nos últimos tempos.
Uma batida na porta chamou sua atenção, mas antes que pudesse dizer para senhora Hudson ir embora, a porta se abriu, revelando a garota morena que havia encontrado mais cedo. A4 não esperou um convite para entrar, atravessou a sala e se jogou em um dos sofás como se morasse alí ou fosse a casa de um amigo íntimo.
- Descobriu alguma coisa? - Sherlock tinha um olhar severo, mas o tremor em sua voz era perceptível.
- Eu não estaria aqui se não tivesse - A garota sorriu arrogante, então se inclinou e pegou um dos pãezinhos que a Senhora Hudson trouxera naquela manhã. - Isso é bom.
- O que você descobriu? - O detetive não queria se aborrecer com a garota, mas isso estava se tornando uma tarefa difícil.
- Você conhece minhas regras - A garota estendeu a mão direita com a palma para cima enquanto pegava outro pão com a esquerda.
Sherlock prontamente pegou duas notas de 50 de sua carteira e colocou uma delas sobre a mão da garota. Ela esperou que o detetive lhe entregasse a segunda nota também, mas ele não o fez.
- Esta aqui você ganha depois de dizer o que descobriu. Minhas regras.
- Justo o bastante - Ela não parecia incomodada - Encontrei o garoto que você descreveu.
- Tem certeza que era ele?
- Eu não sou uma amadora - A4 tinha um tom irritado, o olhar de Sherlock se manteve sério e ela revirou os olhos - Sim, eu tenho certeza. Ele não estava exatamente escondido. Na verdade queria ser encontrado - Sherlock franziu o cenho com a informação. Se o garoto queria ser encontrado por que ele fugiu em primeiro lugar? A garota continuou - Seja como for, ele é uma das crianças do Savage.
Savage era uma pessoa sem rosto, ninguém sabia se era de fato uma pessoa ou uma organização. Tudo o que se sabia era que explorava crianças de rua, as colocava para roubar em troca de teto, comida e roupas decentes. O último, sendo apenas uma maneira de não levantar a suspeita das pessoas e facilitar o roubo.
- Ele disse quem pediu para trazer a carta?
- Um cara - A garota deu de ombros - Não soube especificar mais do que características gerais. Baixo, cabelo escuro, pele branca. - Ela pensou um pouco - Usava muito gel de cabelo.
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The Devil's Game (Concluída)
FanfictionUm novo jogo começa, e dessa vez, não é Moriarty quem está movendo as peças. Sherlock, como de costume é chamado por Lestrade para ajudar a Polícia com os novos casos. Quando essa aventura coloca a vida de John em risco, ele precisa deixar seu orgul...