ℛespirei fundo antes de entrar.
Estava no lugar que havia jurado que não voltaria nunca mais. Chegava a sentir meus ombros pesados. Voltar lá era como um delírio, nada bom. Olhei para o mesmo sofá onde Henrique me fez tocar o seu pau pela primeira vez. A sensação inteira voltou como uma alfinetada diretamente em meu coração. Senti-me como um pequenino boneco de vudu. Minhas mãos estavam suando como nunca antes pelo meu nervosismo e eu as passava na perna da calça para enxugá-las. Meu coração batia freneticamente dentro do meu peito como uma escola de samba no carnaval.
A porta se fechou atrás de mim e eu dei um leve sobressalto. Estava mais tenso do que o normal. Era a minha primeira vez com um homem e não sendo apenas isso, meu cu ainda seria esfolado pelo cacete dele. Ainda tinha uma vaga lembrança do seu pau vivo lutando para escapar para fora da sua cueca. Eu já tinha me preparado psicologicamente para aquilo, mas ainda parecia que não era o suficiente, pois eu sentia que eu não estava nenhum pouco pronto e talvez eu nunca estivesse. Era algo que eu não imaginava fazer nunca. Pelo menos não em circunstâncias normais.
Caminhei até o sofá e me sentei no mesmo canto onde havia me sentado da última vez que estive aqui. Parecia que eu estava tendo um déjà vu daquela mesma noite. Henrique tirou a jaqueta preta que usava, revelando a blusa preta de mangas curtas e uma gola circular que usava por baixo. Ele tirou os sapatos de seus pés fome seguida retirou as meias também pretas dos pés.
Engoli em seco.
― Quer comer alguma coisa? ― perguntou ele educadamente. ― Eu posso pedir algo para a gente comer!
Assenti com a cabeça em concordância.
Ele pegou o seu celular, enquanto eu o assistia completar suas ações. Ele digitou algum número, depois esperou a chamada ser completada com o telefone próximo ao seu ouvido. Ele deu um meio sorriso quando seu olhar me encontrou e fiz o mesmo devolvendo seu gesto, enquanto minhas mãos estavam juntass entre o pequeno espaço entre as minhas pernas.
Ouvi Henrique pedir uma pizza por delivery para a cobertura. Ele questionou o sabor para mim e eu indiquei de calabresa a minha preferida. Ele assentiu com a cabeça e em seguida fez o pedido para quem quer que estivesse do outro lado da linha. Em seguida ele desligou o celular e eu sentia que o momento estava cada vez mais perto. Senti um arrepio percorrer minha espinha. Henrique sentou no espaço vazio do sofá ao meu lado, virado para mim. Seu cotovelo encostado na parte superior do sofá enquanto sua cabeça estava recostada em sua mão, enquanto seus olhos brilhantes me fitavam.
― Fiquei feliz quando você ligou! ― confessou ele por fim tranquilamente.
Dei uma risadinha nervosa.
― O que o fez mudar de ideia?
Automaticamente o nome "Davison" atravessou a minha mente como um raio corta o céu certas noites. Eu sabia exatamente o motivo pelo qual mudei de ideia, no entanto eu não queria que Henrique soubesse desse motivo. Não sei porque, mas achei prudente não contá-lo sobre os meus problemas naquele momento, então apenas respondi:
― Bem, eu pensei melhor.
Ele riu.
― Eu sabia que uma hora ou outra você acabaria me ligando por isso falei todas aquelas coisas.
Dei de ombros.
― De qualquer forma você está aqui! ― disse ele parecendo me analisar minuciosamente quase como se estivesse escolhendo severamente o que diria a seguir. ― A cada vez que penso que vou comer você, sinto cada vez mais tesão.
Engoli em seco. Acabei olhando rapidamente para a sua calça e vi um volume crescendo, empurrando a sua calça skinny para cima. Voltei os olhos rapidamente para o rosto dele, notando seu olhar sedento brilhando completamente ávidos. Aquilo só me assustava ainda mais.
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Quem dá mais por ele?
RomanceQuem dá mais por ele? É o que eu escutava aquela noite inteira. Estava quase chegando a minha vez de ser leiloado. Confesso que eu estava bastante nervoso com o fato daquela licitação, mesmo sendo vendido em benefício daquela instituição para gays d...